quarta-feira, 30 de outubro de 2013

FRAGMENTOS (parte II)

Cena 01:

Entro no salão do Minuano sinto a magia do momento, recebo tanto carinho e calor humano quanto seria possível ali existir, deslizo pelo lugar adentrando a procura de mais para dar e receber, quando, de repente sou puxado pelo braço por alguém que, com medo de não ser reconhecida, informa logo seu nome e me fuzila com seus olhos brilhando na mesma intensidade que lembro possuírem desde o tempo em que próximo de meu lugar, na mesma sala, ela sentava. E seu olhar continuava exatamente com a luz de igual brilho e tão intenso quanto da última vez que eu a vi. Num breve momento, que gostaria que demorasse uma eternidade, fui preso em seus braços e a murmurar doces palavras em meu ouvido me fez sentir contagiado de ternura, carinho e ondas de emoção que naquele instante envolvido em seu abraço, tantas lembranças imediatamente comecei a reviver. Doce momento, muita saudade. Tal instante deveria ser interminável. E seu abraço apertado, ainda hoje, em meus pensamentos, recebe o meu abraço emocionado.

Cena 02:

E daí, a percorrer o salão até o fundo, onde todos que comigo estavam acompanhados por ali se aglomeravam, entre tantos beijos que fui dando e recebendo, pensei que não haveria tempo de lá chegar antes do outro dia amanhecer. Mas passada as surpresas que a festa a todos reservou, e em lindas canções a mexer com todos os presente, me aproximo de quem no inicio, em seus braços me protegi, naquele longo abraço que me ofertado, em minha chegada, e em conversas, apenas digo: "vamos dançar?"  E entre seu constrangimento e meu desapontado, para o lado foi chamada, para uma outra conversa foi convocada e eu a esperar, percebo não ser o melhor momento e entre passos e balanços me distancio até quando, de repente, pela mão sou puxado e entre seus abraços para o lado seu colocado e entre os sons e melodias corpos giram a se tocar, buscando entre olhares enxergar o que há ficou para trás. E de repente, outra vez some para nunca mais voltar. Da próxima vez me certifico se por todo o tempo comigo poderá ficar, embora, por ela, para sempre comigo estará comprometida.  

Cena 03:

Entre pares a dançar em tão embalado salão, ao serem conduzidos por sons que os fazem quase levitar, mãos me seguram, leve e firme aperto, me puxando para perto de si e sem que ninguém nada fale, dois corpos, a deslizar pela música, se fundem entre viagens e silêncios quando apenas duas palavras são sussurradas em ouvidos que tudo sentem e corações que tudo ouvem: "muito legal", assim baixinho e bem devagar para se perpetuar e sempre permanecer em nossas lembranças. Num olhar paraliso, num aceno me despeço. Apenas uma música, somente uma dança, valendo por todas as danças,sentindo todas as músicas, assim, bem assim, repletas e intensas. A meia luz, tudo é em dobro, em antítese aos quantitativos. 

Cena 04:

Lado de fora do salão, temperaturas contrárias, por muito frio em oposição ao calor do lado de dentro. Mas frio somente longe de mim, pois a conversar com quem de muito tempo tanto me tinha, trocas de segredos há muito enterrados aquecem, como nenhuma fogueira seria capaz de conseguir, tudo o que em nossa volta perambula. A trazer ao presente o que no passado muito foi vivo, readquire tudo o que nunca deveria ter deixado de ser, apenas para hoje, transformado em adorável cumplicidade, ser o que nunca em momento algum, algum dia, deixou de ter. Assim, em meu casulo, de tudo, tanto me protegi. Mas o frio do lugar contrasta com o calor do coração se aquecendo no cobertor das lembranças. E não tem como ser diferente, a música aproxima, a memória fala e naturalmente a dança surge como consequência de quem tem tanto a dizer e nem encontra palavras, afinal são muitos anos com coisas bem guardadas e escondidas quase apagadas pela poeira do tempo. Mas a música fala sozinha, a lembrança fala por todos e o coração grita em todos os cantos a dizer muito a quem a muito tanto foi. 

Cena 05:

Entre caminhadas, visitas a mesas de lindos e queridos irmãos de coração, ao ser puxado por tão querido colega, e ao ouvir ser eu muito responsável pela vontade e motivação de nosso quarentões estarem presentes a esse memorável e inenarrável encontro, sabendo ser ele o grande responsável por tamanho envolvimento ouço envolvido em um forte abraço um saboroso "eu te amo meu amigo", me fazendo a partir dai compreender um pouquinho mais do tamanho do significado do amor quando vindo de tão maravilhosa pessoa. Obrigado por me permitir estar ali para viver inesquecível momento. 

Cena 06:

Olhando para o ocaso, com o olhar fixo nesse espetáculo do final de mais uma jornada do sol, passo a compreender que nada em minha vida deixará de seguir seu curso e assim, como necessito girar meu corpo para o oposto e aguardar uma nova aurora que haverá de surgir, também preciso avançar em direção ao futuro, virando para outros lados buscando outros recomeços, pois como um lindo entardecer que deixou sua marca, mas passou, um outro crepúsculo que por mais lindo, maravilhoso e inesquecível, necessariamente terá de dar lugar outra vez a outro novo crepúsculo. E a dançar com quem muito representou, tenho a certeza que essa vida também nunca regressará carregando passagens de minha vida, trazendo o entendimento de coisas que não voltam mais, da vida que segue seu caminho, como quem, a olhar pela janela do passado, como se fosse possível mirar todos que atravessaram minha vida, como quem cruza uma ponte sobre o rio, deixando nas paredes de meu corpo lembranças, marcas e registros das passagens de personagens e histórias que por mim cruzaram. Todos personagens, tudo real, tudo recolocado em seu verdadeiro lugar dando passagem ao novo, que sempre aparece, respeitando o que passou, que sempre para adiante nos conduz, mostrando o melhor caminho. Quem conhece sua história jamais repetirá seus mesmos erros. 


PURA MAGIA!!!!! MUITO MAIS QUE BÁRBARO!!!!!

continua,

terça-feira, 29 de outubro de 2013

MINHA FILHA É DEPENDENTE QUÍMICA

Muito me dói recomeçar a escrever trazendo um assunto que, mesmo sendo a realidade de muitos, tanta dor e aflição causa a quem por isso está passando. Tanto gostaria de recomeçar pelas molecagens e brincadeiras que tanta alegria e felicidade trouxeram durante toda a nossa querida vida escolar. Mas são angústias que nesse momento a tudo se sobrepõe e tentarei enfrenta-las com toda a força e coragem que ainda posso reunir. Lembro dela desde seu primeiro choro quando sua vida irrompeu e sua chegada muita felicidade trouxe a todos que ansiosamente por ela esperavam. Sua beleza e meiguice sempre fascinaram quando, ainda em seus primeiros dias, por pura simpatia, sorria como se também estivesse comemorando seu começo de vida no seio da família. Com seus encaracolados cabelos que sempre brilhavam em contato com a luz do sol, muito correu, brincou, sorriu e cativou a todos que nesse período de sua vida tiveram o privilégio de sua convivência. O tempo transcorria sem que, nada além de felicidade, essa maravilhosa criança transmitia, como se anjo fosse, e sua única missão era tornar o mundo a sua volta muito mais feliz. Muito de mim se completou por simplesmente acompanhar os passos de quem, por puro encantamento, sempre surpreendia com frases e percepções inimagináveis vindas de alguém com tão pouca idade. O tempo foi passando e seu crescimento somente surpresas e grandes emoções presenteava a todos que a cercavam. Para mim a máxima alegria de ser por ela chamado de “Papito Verdadeiro”, o único capaz de tornar uma criança feliz e realizada, conforme suas doces palavras. Agradecer e orar desejando a todos a sorte de sentir tamanha emoção quanto eu sinto, por conviver com seres encantados que são todas essas crianças que por amor a seus pais os transformam em humanos alucinados de felicidade plena. A vida atinge outro patamar quando em nosso caminho fadas e anjos se apresentam pedindo para nos acompanhar na louca trajetória rumo ao desconhecido do amanhã. Sua vida escolar iniciou e o infinito parecia ser o limite de sua busca. Seus passos pela infância foram leves, seus claros objetivos sempre alcançados pela intenção e objetividade de seus infantis argumentos e decisões. Sua entrada na fase juvenil tudo mudou, seu comportamento repentinamente se modificou e tudo o que parecia luz, rapidamente foi substituído pela penumbra dos difíceis dias que norteiam os caminhos de quem, querendo descobrir o mundo, nem a si mesmo consegue decifrar. Seu silencio e reclusão em seu quarto começou a todos preocupar. Suas frases inelegíveis e seus parcos argumentos não conseguiam nada entabular como se todo o seu brilhantismo começasse a se esconder sob o terrível manto da insegurança e medo. Muito tentei aproximar buscando entendimento e compreensão de suas aflições e dúvidas. Muitas horas a seu lado, percorrendo seu silêncio na desesperada busca da compreensão, lutando por seu retorno a vida plena e brilho contagiante. Sua alegria aos pouco desapareceu como a anunciar o fim de seus dias de cintilante luz que a todos sempre maravilhou e enfeitiçou. Minha felicidade cada vez mais distante nem me preocupava, pois era a vida dela que perigosamente escorregava em direção ao mais profundo abismo, carregando para esse buraco as esperanças de pelo menos um outro dia, ao menos de seu meigo rostinho um pequeno e singelo sorriso ver brotar. Nada fazia sentido. A perguntar o porque de tanta infelicidade, um grito ecoava de minhas entranhas, buscando respostas para apaziguar o tormento a que fui submetido. A vida perdeu todo o seu sentido, pois não saber qual era sua aflição tornou-se meu terrível dilema. Problemas todos enfrentamos mas desconhecê-los é não saber quais as armas utilizar, qual inimigo enfrentar e, desse modo, jamais poder vencer qualquer confronto. Tristes dias, péssimas noites e intermináveis semanas. Tomado de coragem e fé, tento enfrentar com equilíbrio e maturidade mais um grande desafio que a vida impõe. Tantas já passei e tantas ainda enfrentarei. Vamos em frente, vamos lutar. Auxílio profissional é necessário e também a isso recorrerei, bem como a tudo o que se fizer necessário. Muita conversa tentando entender suas dificuldades. Seu choro compulsivo dilacerava meu coração, preferindo oferecer minha vida a conviver com tamanha dor. Entre tantos altos e baixos, tentando sempre manter o equilíbrio, finalmente tomei coragem e num derradeiro diálogo tentei erguer nossas vidas retomando o rumo, buscando a paz, tanto quanto minhas esperanças ainda permitiam almejar, e me aproximando dela algo assim creio que falei:
“Porque tanto medo, insegurança e receio que te obrigam a te fechar nesse pequeno mundinho, excluindo a todos que tanto te querem ver sorrir e ser contagiado com tua enorme felicidade que desde teu nascimento a todos presenteaste?” Longa pergunta para tão singela resposta que dela ouvi.
“Não consigo continuar, tenho vontade de desistir, sou dependente química”, foi sua fala serena e cheia de dor.
A verdade finalmente veio a tona e todo o meu medo se transformou rapidamente em pavor e desespero. Tentando ser compreensivo e maduro, disse serenamente:
“As vezes mergulhamos em abismos e penetramos em labirintos parecendo ser o fim de nossos dias. Alguém em quem confiar e o desejo de sermos nós mesmos aos poucos nos ajuda a serenar. A serenidade nos conduz a vontade de nos conhecermos melhor auxiliando a elevação de nossa autoestima. Autoestima elevada ensina a sentir amor por nós mesmos permitindo nossa abertura para trocar amor com os outros. Amar e ser amado produz milagres pois é do amor que tudo se cria e somente por ele nossa vida ganha seu verdadeiro sentido. Eu te amo e jamais te abandonarei, estejas onde estiveres, vivendo o que viveres. Meu amor é incondicional tanto quanto é infinito......” E muito mais continuaria falando pois a emoção que nesse momento invadia meus sentimentos tanto me fazia falar quanto me deixava sentir. E com lágrimas nos olhos, essa maravilhosa filha de mim se aproxima, olha profundamente em meus olhos, dá um apertado abraço, um longo beijo no rosto e sinceramente, com muito calma profere mágicas palavras que jamais esquecerei:
“Em todas as outras matérias eu tirei ótimas notas, mas como estava doente não pude ir a aula, não tive como aprender as lições e peguei dependência de química. Prometo que vou esforçar e superar esse obstáculo pois estou muito triste, angustiada e frustrada por causar em meu Papito Verdadeiro o dissabor de tirar nota baixa, coisa que nunca aconteceu em tua brilhante vida escolar no Maria Rocha, como sempre pudemos escutar de tuas histórias.
Maldito sistema escolar que tanto sofrimento trouxe a quem tanto se dedica. Benditas crianças que tanto se esforçam para tudo isto superar.
Superar essa dependência de química passou a ser também meu objetivo, pois a partir de agora volto a frequentar tantas aulas particulares quantas forem necessárias para tira-la desse calvário e martírio.
MAS QUE BARBARIDADE!!!!!!!! A LAS FRESCAS!!!!!!
Jacob Chamis.
Boa noite a todos:Próximas atrações literárias:

Nesta terça-feira 
FRAGMENTOS II 
Passeios líricos pelos salões dos saraus da Estância.

Nesta sexta-feira 
AMOR QUE FICA 
Resgate com emoção do que significa reunir o que estava separado, juntar o que estava disperso.

A qualquer momento
IMAGENS QUE FALAM
Com ótimo elenco. 
Só perde quem aguardar.
Jacob Chamis

domingo, 27 de outubro de 2013

FRAGAMENTOS (parte I)

Nota: em coletâneas de cenas despretensiosas, peço licença para brincar, chorar e debochar sem jamais querer frustrar, irritar ou decepcionar. 
Também aproveito para, emocionadamente, agradecer a todos que não enviaram mensagem alguma alusiva ao meu aniversário, no dia de hoje, 27/out. 
Apesar disso, eis os primeiros cacos do intitulado,   

FRAGAMENTOS (parte I)

Cena 01: Maria Rocha

Inicio do encontro, escadarias do colégio, todos a falar pelos cotovelos, abraços, beijos distribuídos aos milhões feito amostra grátis de produtos em supermercados e muita, mas muita emoção no ar. Nada disso ainda vejo, pois nem estou no local. Estou perto, já estacionei na frente da casa do Solano Krum, aquela com pintura psicodélica no portão da garagem. Aliás, se Osama bin Laden se escondesse naquele local, a CIA já teria localizado, pois esse portão é percebido desde a estratosfera. Mesmo um pouco saliente é inegavelmente lindo. Cumprimentos saudosos, abraços apertados e sigo em direção a entrada do colégio. Ultrapasso o portão e me dirijo para a porta principal da entrada do prédio que por tanto tempo adentrei e há muito tempo não mais entrara. No caminho sou saudado com entusiasmo e continuo minha caminhada em direção ao interior da escola. Vagarosamente subo as escadas quando alguém abre a grande porta me permitindo ouvir toques de sineta e todas as palmas do mundo que eu, nunca, em tempo algum, havia sonhado receber. E por isso mesmo me viro para trás procurando alguma coisa ou uma personalidade que mereça tão calorosa recepção, quando lá da escadaria alguém grita: "É pra ti seu boca aberta". Puta vida essa minha, pela primeira vez recebido com tanto carinho e entusiasmo e já repreendido com uma bela e sonora xingada. A vida se trava, o coração explode, os olhos se encharcam e sou imediatamente transportado para trás, feito um foguete, em direção ao passado, sentindo meu corpo se transformar em pura energia, parecendo ingressar numa viagem do tempo como aquelas imaginadas por Albert Einstein. E jogado nos braços daqueles imprestáveis vagabundos sinto novamente meu mundo retomar seu lugar de onde eu nunca deveria ter desgrudado. Nesse mundo onde os elogios são maravilhosos, mas os xingamentos muito mais calorosos. E é assim que me sinto em casa, muito amado, embora sempre xingado. Ainda bem que não bateram em mim. 


Cena 02: Restaurante Augusto

Continuação do encontro, lá no Restaurante Augusto, conversas soltas pelo ar, muita alegria, éramos uns seis a trocar ideias quando alguém, chegando naquele momento, pois estivera ausente do primeiro encontro da turma, lá no Maria Rocha, e sob grande efeito do encantamento que reencontros dessa magnitude causam, foi de abraços se atando em outros abraços, envolvidos em todos os braços, relembrando um a um aqueles rostos com a mesma expressão infantil ainda guardada em cada sorriso compartilhando carinhos, trocando olhares e, depois de mirar quase todos, estaciona em frente ao último colega e entre espanto e surpresa faz grande esforço para relembrar quem era ele. Frustrada por não reconhecê-lo, em alto e bom som, vira-se e diz: "Não consigo lembrar dele", e todos quase em uníssono, respondem: “ É o Kida”. E ela mais que ligeiro e refeita da frustração outra vez fala: "Mas não mudaste nada, estás com o mesmo corpo magro, mesmo cabelo preto, e mesmo rosto de criança". Espanto geral e um só comentário: "Se está igual como a tua cachola atrapalhada falou que não lembrava dele." Só não recebeu uns trinta peteleco porque o marido, bom sujeito, ainda jovem, bem forte, estava muito próximo e conseguiu, a tempo, puxa-la para outro canto. Mas que merecia, merecia.(ela sabe que eu contaria e implorou segredo, e eu fiel aos colegas no próximo e-mail entrego, entendeu Maria Angélica, querida Geca, perdão, pois já denunciei.) 


Cena 03: Estância do Minuano

Alguém chama todos os quarentões a se apresentarem para a justa homenagem lá próximo ao palco e, entre tantas alegrias e emoções, todos formando um só corpo, se juntam a fazer o que melhor sabem: compartilhar suas vidas de modo a parecer uma só. E esse breve momento tornou-se, desde já, parte de mim, que será carregado dali para sempre, cristalizado, fixo em meu olhar se alojando feito marca de nascença em meu coração para daí nunca mais sair. E todos voltando para seus lugares se movimentam em direção ao fundo do salão, pois desde os tempos do colégio foi o lugar dos melhores, lá bem no fundo da sala onde o diabo quase perdeu as calças, ou as botas, sei lá. E eu fui seguro pelo braço, e o Ênio também e pior de tudo a Dona Dra. Diretora Darcila igualmente. Então disseram para eu falar alguma coisa. Como assim falar no microfone, se a Dona Dra. Diretora Darcila estava do meu lado e ninguém disse o que eu havia feito de errado e ela certamente iria me suspender por algo que eu nem sabia ter feito. Nenhuma palavra saiu, tanto nervosismo e nada consegui dizer. E então ela iria falar e eu já com o coração a explodir, imaginei que em frente a todos os colegas, não só de meu ano, mas de todos os outros anos também, ela iria dizer de mim o que talvez há muito estivesse trancado em seu coração. Nem ouvi o que ela  falou, pois já me considerei aniquilado, fuzilado, morto e enterrado. Todas as preces do mundo eu discorri em pensamento, desde Ave Marias até rezas do Alcorão, e em atendimento as minhas silenciosas orações, alguém disse, coloca teu braço e conduz a Sra. Dona Dra. Diretora Darcila até seu lugar. Nem preciso dizer que em segundos fui do inferno ao paraíso, pois da última vez que lembro dela foi quando, pelo seu chicote literário, reduziu-me a pó e me conduziu para casa para cumprir uma semana de suspensão. E hoje essa musa inspiradora, totalmente envolvida em meus braços, era por mim conduzida, não por rancor ou mágoa, mas muito orgulho e admiração gentilmente e garbosamente até sua nobre mesa daquele salão, naquela memorável noite. Minha vida chegou ao seu máximo momento. Mais que isto é puro lucro.                

MAS QUE BARBARIDADE, AO CUBO!!!!

Breve, próximas cenas. Isto é apenas um começo.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Prezados!Depois de uns dias de férias, estou tentando responder os emails e fiquei deveras surpreso & feliz, com a quantidade dos ditos cujos somente sobre a nossa festa.
Realmente foi muito bom! E renovador das energias positivas!
Abaixo um texto que simboliza estes sentimentos! Li não sei onde e mando pra vçs!
"UM ABRAÇO BEM CHINCHADO A TODOS"
Gerry Corino
ESTA É PARA AMIGO LER!!!
Um jovem recém-casado estava sentado num sofá, num dia quente e úmido, bebericando chá gelado, durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.
- Nunca se esqueça de seus amigos! - aconselhou. Serão mais importantes à medida que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos..
Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...
Que estranho conselho! (Pensou o jovem). Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza, minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo de que necessito para dar sentido à minha vida!
Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. À medida que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava. À medida que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e seus mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.
Passados 50 anos, eis o que aprendi:

O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa..
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêm.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.

Os filhos seguem a sua vida como você tão bem ensinou.
MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos e abençoando sua vida!
Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.
Abraços.
Gerry F. Corino

ETERNA DIRETORA

Nota: por toda a bagunça que nossa pouca idade nos permitia fazer e pelo respeito que sempre tratamos a quem nos educou na escola, trago meu mais profundo reconhecimento a essas maravilhosas pessoas que dando tudo de si, tão pouco são reconhecidas e as vezes até desrespeitadas.No dia do professor nosso muito obrigado por tanta entrega e perdão pelo pouco retribuído. E na pessoa da eterna Diretora Darcila, presto a todas minha grande reverência.   

ETERNA DIRETORA
Como se fosse num filme, torcendo para que tenha sido assim, imagino essa criança com seus cabelo em tranças, ainda muito pequena, perambulando pelas ruas com sua boneca de pano em uma mão e na outra, segurando firme, a mão de seu pai indicando o caminho para frente e logo ali, um pouco mais adiante, para o futuro. E todas as tardes nesse lindo passeio, pelo caminho que percorriam não tinha como não passar em frente a tão imponente estabelecimento e, com o brilho de seus atentos olhos infantis, ficava a perguntar para seu querido pai o que acontecia em tão bela casa, tão gigante? E ele serenamente respondia a ela: "Isto é um colégio, Olavo Bilac, e nele estudam crianças e jovens tentando aprender para serem alguém importante e sábio, no futuro, quando crescerem". E ela sempre devolvia como resposta:"E eu vou estudar bastante, vou aprender tudo o que esses alunos aprenderem e depois vou estudar um pouco mais para um dia ser diretora de um grande colégio e conduzir os novos alunos para esse lugar que eu nem sei direito como chama”. “É futuro esse lugar”, retrucou seu pai. “Esse mesmo, esse é o lugar que eu quero que todos cheguem tão bem quanto eu vou chegar”, respondeu a seu pai como réplica. E assim ela cresceu, com um grande e determinado objetivo na vida, mostrar o caminho e indicar seu rumo para quem seu destino confiasse. E sempre para frente foi em busca do que estava decidida conseguir, ser a pessoa que iria conduzir tantos quanto fosse possível abrindo espaços de vida, ampliando horizontes, pois sem educação nem adianta sermos ricos, pois seremos sempre inferiores. E no frio, na chuva ou no calor, seu firme propósito nunca foi abalado, continuou firme na busca de seu intento que, depois de muito luta, foi alcançado.
Em um pulo, abreviando o tempo em sua vida, considerando a força de sua vontade, já como diretora de gloriosa escola, cruza em minha vida, marcando para sempre em minha memória passagens assim:
Numa tarde de chuva de verão, ou em um dia ensolarado dessa mesma estação, não lembro bem, sua figura imponente, graciosa e de muito poder, causa em mim muito forte impressão quando a espera do silêncio de todos naquele imenso e sem fim pátio, no alto dos degraus, próximo a porta de entrada, ouço pela primeira vez sua firme e decidida fala como uma mãe sempre preocupada com a boa formação de seus filhos, dando boas vindas a quem, a partir do inicio de mais um ano letivo muito vinha buscar e, com seu apoio e auxílio conseguir ultrapassar essa grande etapa da vida. Não mais saiu de minha memória sua imagem tudo observando e indicando nossos melhores caminhos. Se não os segui foi por rebeldia, mas errando ou desviando, seu olhar sempre me fez retornar ao melhor rumo. Não esqueci sua imagem. De minhas passagens com ela, em particular, apenas repreensões e a impressão de que figuras como eu em nada contribuíam para seu nobre trabalho de levar adiante com tanta obstinação e vontade, a melhor educação que um estabelecimento de ensino poderia a seus alunos proporcionar. Mesmo em nada ajudando, sempre aquela mulher, por sua firmeza, por seu olhar firme e acolhedor, muito me impressionou e causou orgulho, por parecer que sempre estive em boas mãos e muito bem cuidado por quem tanto queria para seus comandados e para aquela escola. De meus encontros do tipo olho no olho, dois deles muito ficaram gravados em minhas lembranças de aluno destemperado, imaturo e inseguro a buscar sua auto afirmação o tempo todo. E um desses encontros se deu numa tarde de primavera ou outono talvez, que carregado até a sala da direção, sua sala, por fiéis auxiliares secretárias, sob forte ameaça de suspensão e acompanhado de outros muitos colegas, pedi a palavra olhando em seus olhos e pausadamente disse estar assumindo sozinho a responsabilidade pelo fato grave em que coloquei a escola ao cometer ato de tamanha indisciplina. Com o tom firme e maternal, sem perder a postura e nem sua calma catedrática, pergunto-me: “qual o motivo de cometeres ato de tamanha indisciplina?” e eu respondi que "não tinha motivo especial , apenas não consegui controlar, peço desculpas". E ao olhar para todos os outros disse para que retornassem a sala pois já havia elucidado o caso e o verdadeiro responsável já havia sido descoberto e o caso estava encerrado. Por alguns momentos achei que iria levar um xingada histérica e depois mandado de volta a sala de aula com os outros. Mas a conversa um pouco mais durou e com muita calma que até assustava, disse-me ser inadmissível aceitar em sua escola atitudes de rebeldia inconsequente que pudesse trazer exemplos que não deveriam ser seguidos por nenhum de seus alunos e principalmente pelos menores, necessitados de seguirem os melhores caminhos. E disse com franqueza e força: "Admito que sejam um pouco bagunceiros e levemente rebeldes, mas não podemos desviar nossa meta de educar. E é por isto que sou obrigado a te suspender para que reflitas melhor sobre tuas atitudes. Quero te educar e não castigar". Doces palavras para tão amargo remédio. Mas eu entendi e cada vez mais sentia desconforto em não ser o que de mim ela esperava. Fui castigado, mais ainda em casa, mas dela nada tenho a ressentir. Cresci e levei a lição comigo. E se passaram tantos anos quantos foram necessários para que eu chegasse aos dias de hoje consciente de serem os ensinamentos de sua escola meu maior patrimônio, trampolim para todas as minhas conquistas. Pois no sábado que ora ficou para trás, aconteceu o outro encontro marcante com tão valorosa mulher que, para meu espanto e admiração, continua igual como a vi pela última vez, na conclusão último ano de nossas vidas colegiais. Elegante, bonita, segura, com o sentimento de realizado seu nobre dever, carinhosa ao ser por todos cumprimentada e abraçada, como que sentindo também, como nós, toda a saudade do mundo, dividindo um pedacinho dessas lembranças em cada apertado abraço e em cada sorriso a ela ofertado. E como um rainha frente a seus súditos a dizer palavras confortantes, sinceras e cheias de orgulho, contemplando todos com seu olhar de muita ternura e imenso orgulho, assim como nós, a corresponder, também a olhávamos. Parado a seu lado reconhecido de seus enormes feitos e sentindo a proteção de sua presença, ofereci meu braço para que fosse por mim conduzida ao seu lugar, em doce e suave movimento, dando a desfrutar sua inesquecível companhia para que, imediatamente, todos pudessem nos cercar buscando tantos abraços quanto seus braços pudessem alcançar. E nesse inesquecível momento por todos foi elevada a condição de diva para sempre e eternamente esse lugar ocupar. Bendita sejas maravilhosa mulher de tão digno e elevado valor que por seres majestade nunca perderás teu trono, pois com tua divina força nos arremessaste em direção ao futuro, para hoje, enfrentando o presente, pudéssemos lembrar, com imensa saudade, todos os dias de nosso passado. Que teu caminho continue iluminado.
Jacob Chamis
Por falar em fotos, olhem o que encontrei! Que desenterrada!
Admissão do Maria Rocha! Sou sócio de carteirinha!!!
Abs a todos!
Gerry F. Corino


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Meus queridos colegas!

Concordo em gênero, número e grau com os textos dos autores e com os comentários sobre eles nos temas apresentados como Amados!, Gosto de Quero Mais, Eu estava nos 40 anos do Terceiro Científico e Lentamente.
Todos, nas diferentes formas de expressão convergem para o que estamos resumindo como Força Mágica e suas decorrências nestes últimos dois meses e, particularmente, no último fim de semana.
Como foi dito, só quem está vivenciando isto tudo consegue avaliar seu verdadeiro dimensionamento e o seu efeito sobre a gente.
Concordo com tudo o que já foi dito, desde o planejamento do encontro até sua realização.

Tudo isto foi carinhosamente apresentado nos temas citados e o que eu quero agora é fazer complementações referindo alguns momentos que identifiquei como peculiares. Entre eles:

1 – A chegada no Colégio no Sábado de manhã e a primeira oportunidade de rever algumas caras. A última lembrança de fisionomia podia ter até 40 anos e certamente precisava de apresentação para ser atribuída ao nome do colega. Foi incrível me dar conta que era amigo do nome e não da cara!!! Pra exemplificar, me perguntaram se um japonês que estava por lá era o Kimura??? E era absolutamente válida a pergunta!!!

2 – As fotos coletivas nas duas escadarias do prédio do Colégio. Procurei ver o significado de estarmos posando pra aquelas fotos e enxerguei que podíamos estar desempenhando um papel de referência. Junto a estas duas cenas das escadarias teve também o confronto no olho entre duas gerações, a nossa e a daqueles estudantes que ali estavam no pátio. Nós tínhamos que estar fazendo algum significado pra eles, como eles fizeram pra mim neste episódio. Anexo 3 registros que fiz com fotos para materializar e compartilhar estas minhas sensações.

3 – A visita aos quadros de ex-Diretores e também o registro que fiz daquela que pra nós é Entidade, em anexo.

4 – O discurso da nova Diretora. E como é nova, mas falando com a vontade de quem quer fazer acontecer. A fila anda, e é a vez dela!

5 – A sessão de autógrafos. Nunca foi tão legítima. Todos queríamos ter assinado o livro do Encontro pelo nosso reconhecido representante destes textos. Eu fui o primeiro ou segundo a estar lá, com medo que por algum motivo faltasse. Em anexo uma foto para dar forma ao comentário.

6 – O próprio livro dos textos e o livro das fotos. Sensacionais!!! Servem para revivermos quando quisermos e também para mostrarmos (ou seria nos exibirmos) para quem quisermos. E eu na volta de SM já dei muita risada relendo alguns textos. Recomendo fazerem isto. Está prático.

7 -  A noite: o cenário, a decoração, a nossa participação, a participação dos demais, a janta, o clima e o clima, as duas bandas, as músicas, as luzinhas,...

8 – Menção exclusiva para as luzinhas. Olhem a foto, ou melhor, o registro do momento e vejam se não estamos em outra dimensão...

9 – Os cinquentões. Eu vi uma garrafa de Orloff. Mas também vou querer ser esta garrafa.

10 – O reencontro com a Entidade e a dança dela conosco. Imaginem que alguém dissesse que dali a quarenta anos nós estaríamos dançando com a Diretora do Colégio. E que ela estaria gostando disto!!! E nós também!!! Não tem preço! Seguem também dois registros, não fotos, para que possamos referir o momento.

E tantas outras observações que vem e virão à memória..., pra gente relembrar juntos.
Foi ESPECIAL, porque eu me senti ESPECIAL!!!
Continuamos...

Bj,
Marcelo Cóser

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Nota: muito pensei se deveria enviar esta mensagem e muito li de tantos que escreveram e então, mesmo parecendo algo intimista ou incompreensível demais, por serem vocês o que são, eis o que imagina tenha em mim cruzado feito flecha que rasga ou atravessa depois de lançada.

LENTAMENTE, MUITO LENTAMENTE

Lentamente, muito lentamente, retomo meu lugar em minha vida. Nada está sendo fácil, pois entre fatos e lembranças ainda me confundo para onde devo ir. Perambulando em mim mesmo, fico a me procurar e nada encontro do mesmo que na semana anterior em mim ainda estava. Parece que ao voltar outra vez para onde estive nos últimos tantos anos, não mais me reconheci, como se meu lugar lá no passado voltasse a ocupar o lugar no meu presente. Não consigo me desprender de onde eu mesmo me joguei no último sábado. E é isso que anualmente esse encontro com o passado faz com todos que lá comparecem, remexe em tudo, individualmente de modo coletivo e depois, após seu final devolve todos ao tempo presente sem que, por uns tempos, ninguém consiga não estar alterado, porém, para sempre mudado. Nós quarentões necessitaremos ficar de quarentena até a poeira baixar, até nossas emoções retornarem seus lugares, nos permitindo recontinuar nossas mesmas vidas mudando radicalmente nossos mesmos sentimentos a transformar nosso modo de, daqui para frente, ver as mesmas coisas. Com os cinquentões será pior, pois necessitarão de “cinquentena” e  assim sucessivamente dependendo da quantidade de anos que cada um está afastada dessa encantada escola. São as pessoas que lá se misturaram, fazendo de suas vidas um único destino, que criaram esse encantamento. Retomo minhas atividades mas não retomo a mim mesmo. Sigo meu caminho mas não estou na direção de meu destino. Olho para frente e não me vejo no mesmo lugar que até então imaginava estar. E de tanto remexidos, tenho certeza que um tanto inconformados todos estamos, pois nesse momento nem mais certeza temos se já estamos outra vez de volta ao nosso presente. Preciso urgentemente me recolocar novamente no hoje, me desprendendo do ontem. E é assim com todos que lá compareceram. E assim sempre será. Nada é simples, pois se fui transportado de volta, quem me conduz de novo para onde hoje estou? Reencontrar, reviver, rememorar, relembrar, confraternizar, abraçar, beijar, todos verbos de ação muito intensa, maior que o maior de nós. Nada mais será como antes, e mesmo com todo o longo tempo que já habitamos esta vida, não imaginávamos a enorme força que um passado muito bem construído exerce sobre nós. Fomos brincar com algo que não estamos preparados. Fomos cutucar o que estava parado, imóvel, quieto e sossegado lá no fundo de nossas lembranças, de nosso coração. Agora que aguentemos tudo isto. E que ótimo , pois aguentaremos e continuaremos a viver, passado essa tormenta, certamente, muito mais próximos de nós mesmos.
Mas devo, por obrigação, fazer justiça e reverenciar a quem, feito magos feiticeiros, nos conduzindo pela mão feito crianças arteiras, nos reaproximou e proporcionou essa volta ao nosso tempo. E devemos tudo isso a eles. Que fantástica essa gente. O que dizer desses brincalhões irresponsáveis e maravilhosos que entenderam antes de nós a força que nos unirá para sempre. Iluminados os do AMAR, pois sem eles nunca mais, em nossas vidas, teríamos nos reencontrado e reencontrado a nós mesmos. Esse encontro não termina quando acaba. Não tem fim por ser infinito, dura para sempre mesmo durando tão pouco e é eterno mesmo sendo efêmero.
Para mim em particular, o que dizer de ser celebridade entre tantas celebridades. Nunca em minha vida tão alto cheguei e nem consegui lá em cima ficar, pois não compreendo ser reverenciado. E vou confessar que nos dias que passam revejo cenas que não lembro ter ocorrido no instante que aconteceram por tamanha perplexidade. E sei que de medo e espanto, feito casulo, em alguns momentos me fechei com medo de não mais ter controle sobre mim. (Obrigado Ênio).  
Este caminho de regresso a nós mesmos é longo, lento e tortuoso. Que os Deuses iluminem nosso retorno. E, por favor, não desapareçam de minha vida, pois não mais sei viver depois do que agora vivi. Obrigado, por transbordarem meu coração.

MAS QUE..................., SEM PALAVRAS!!!!!!

terça-feira, 8 de outubro de 2013


Colegas,Como outros, também saí de fininho. Não estava para despedidas, nunca gostei disso. Sei que muitos amanheceram, como se não quisessem sair de perto daqueles eternos amigos. Encontrar, conhecer e dizer o nome, foi o grande barato da festa. Para uns, foi mais fácil. Para outros, mais difícil. Teve também aquele(la) impossível de ser reconhecido. Era um filme e que filme! Nós éramos os personagens. Quantas vezes lembrei das aulas furadas e do recreio. Até a Darcila e a Cleci Denardin estavam lá!! Será que nos cuidavam para que não aprontássemos alguma? Na fila da janta, a Cleci me disse: "lembro bem de ti, tu era um magrinho terrível". Pronto:
eu estava no recreio!!! Ficaram as fotos e as lembranças. Sei que o Enio e o Milton Pedro, seu fiel escudeiro, devem já estar pensando em alguma coisa para transformar nosso encontro em algo tipo "confraria". Nomes, emails e alguns telefones, já estão aí. Para terminar, uma homenagem, pelo talento do Osvaldo Montenegro: A LISTA


Osvaldo Montenegro
Faça uma lista de grandes amigos, quem você mais via há dez anos atrás 
Quantos você ainda vê todo dia, quantos você já não encontra mais 

Faça uma lista dos sonhos que tinha, quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre e quantos você conseguiu preservar 


Onde você ainda se reconhece na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?Quantos amigos você jogou fora. De quantos mistérios que você sondava, quantos você conseguiu entender. Quantos segredos que você guardava e que hoje são bobos ninguém quer saber. Quantas mentiras você condenava e quantas você teve que cometer.

Quantos defeitos sanados com o tempo, eram o melhor que havia em você 

Quantas canções que você não cantava e hoje assovia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava, hoje acredita que amam você.

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você


Se alguém quiser continuar chorando, assista o vídeo


Abraço, espero que todos estejam bem.
José Airton Brutti
Queridas, queridos, amadas, amados, amigas, amigos, irmãs, irmãos!

Continuo com o "gostodequeromais"! Foram momentos maravilhosos, que mesmo como formando da turma MANOEL RIBAS 1973 (essa é a pura verdade, de acordo com a frieza da Lei), pude compartilhar com vocês sem nenhuma descriminação provando que os laços construídos até o penúltimo mês foram mais fortes e estão acima de tudo.

OBRIGADO, OBRIGADO, OBRIGADO!

Agradecimento especial ao Eninho BM e abnegados Gestores da AMAR que se empenharam para proporcionar o MEGA EVENTO!!!!

MAS QUE BARBARIDADE, QUE PAÍS É ESSE!!!!!

Super beijo a todos!

Asdrubal Calil
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Bem isso Kida, eu também saí de fininho, não conseguiria me despedir, até porque, acho que não nos separaremos mais.
A internet nos manterá conectados, basta querermos conversar.
Já falei no Face e reitero aqui, obrigada AMAR, obrigada Enio, obrigada aos que vieram, e mostraram os mais belos sentimentos da alma humana.
Agora vamos localizar os outros, para que no próximo encontro se façam presentes.
Um beijo
M Helena
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Que Encontro! Que momentos belos e indescritíveis! Quanta emoção! Quanta saudade...
Lá pelas 3 da manhã fui saindo de fininho do salão, quase pulei a janela...
Guardarei no meu coração toda a magia que envolveu a todos os quarentões nos últimos dois meses e especialmente neste sábado.
Se fosse me despedir pessoalmente de cada um eu poderia não aguentar a dor da ausência e chorar como uma criança.
Na verdade me senti como um adolescente durante todos esses momentos. Primeiro, na expectativa do encontro com cada um. Depois, no olhar, no abraço, no afeto, nas palavras trocadas entre risos, na alegria de rever a todos e sentir no ambiente aquela força da união que os quarentões sempre tiveram no período escolar.
Obrigado a todos pelo carinho. Organizadores ostensivos e anônimos merecem muitos elogios.
A TURMA TODA É FANTÁSTICA!
Não precisamos esperar mais 40 anos para um novo encontro.
Dá para ser no próximo ano.
A AMAR deverá organizar outro evento, como tem feito. 
E aí... é só agitar novamente. Não precisamos ser homenageados para participar, penso eu!
Ou faremos um evento paralelo, alternativo, hehe
Beijos e Abraços!
Aquidaban - Kida
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Só agora cheguei em Sampa, ainda atordoada de tantas emoções!
Difícil retornar o foco para o cotidiano.
Sim, Marcelo!!! Contrariamos o dito popular!
A festa foi linda, o reencontro mais ainda!
Serviço completo: dois meses de e-mails e um dia intenso de abraços, afetos e dizeres há muito guardados.
Ai, coração!
Quase perdeu o vôo, hein, Gerry????
Agora, não sei! Conseguiremos viver mais 40 anos sem nos ver????
Isso não é uma simples turma. É UMA CONFRARIA: COM IRMÃOS!
Só quem nela está é que disso entende.

Beijos da Chris e até logo mais!


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Bom dia a todos

Só agradeço por vocês existirem em minha vida e terem ajudado a formar meu caráter que transmiti para meus filhos.

Agradeço:

A Maria Helena Rigão pelo carinho do marcador de textos que acompanharam as escritas.

Ao Jacob por ter feito deste encontro diferente de todos que já existiram e com certeza diferente dos que virão
A Chris e Siqueira pela companhia maravilhosa em minha casa, embora trabalhando um pouquinho e tricotando sexta, sábado e domingo.
A turma da área...infelizmente meu companheiro de Al Qaeda HAROLDO JOSÉ MILLETO HAYGER amarelou, mas me autorizou a revelação.
Ao Chico e Claudinho pelas lembranças da Cabana, o Marinho também amarelou, e ao Chico, meu irmão, por ter deixado a organização do casamento a cargo da Regina e “fugiu”
Ao meu cunhado Nabor, que briga comigo mas deu um colorido especial ao encontro..amigo de todos sempre
Ao Asdrubal, Aldo, Chris, LM Beltrame por serem os primeiros a abraçarem a causa e irradiarem a todos os e-mails
Quida indescritível
Verney Singular
Doval, além da área, foi o único a lembrar o nome da GB, porque será? Memória privilegiada? Ou tara mesmo?
Ribeiro, obrigado pelo esforço da viagem.
Pitoco, deixou o amor operada em Floripa
Jair Alan, Ana Molina, Pulo Portela, Beatriz Flores, Myrian krum irmão Solano, enfim toda AMAR continuem, vocês estão proporcionando a todas turmas do MR esta magia
Alenise, Angelas, Isa, Geca, Mana Vera Pinheiro, Vera M.B..S. Bernadete, Elizabeth e demais, que com certeza esqueci, pelo carinho e alegria nos três eventos
Fox e Gerry, pela alegria contagiante...
Santini, temos mais um encontro no final do ano 35 anos da saída da engenharia Merten não resistiu, na última hora participou de tudo
Grande Caturra, um dos poucos que via com freqüência
Rejane, pela boa vontade e empenho desde o inicio, garimpando colegas e por ter lançado um dos assuntos mais polêmicos e verdadeiros do encontro: a minha BM.
Nominando a D.Darcila e D.Glaucia a nossa homenagem a todos professores que nos orientaram e nossas desculpas pelas travessuras da época....prescreveu
Aos colegas que não vieram por diversos motivos, todos válidos...fica a esperança de novos encontros
Com certeza faltou alguém, mas são meus amigos e saberão perdoar
A todas esposas e esposos, companheiras e companheiros, filhos e filhas pela participação ou não no encontro, pela compreensão das lágrimas que a toda hora eram escondidas, ou não.
Abraços e beijos a todos

Enio Krum


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Bom dia!!!!
Que bom conversar com vocês outra vez!
As palavras não conseguem descrever o que foi o nosso reencontro.
Não temos mais o que dizer, só que é e será INESQUECÍVEL!
Estou de RESSACA EMOCIONAL.
Asdrubal, o gostodequeromais está insuportável! Vou fazer um chá de boldo!
Maria Helena e Ênio, lágrimasgrossasdesaudade teimam em continuar cara abaixo! Nem óculos escuros resolve!
Como disse a Geca no face: SAUDADE JÁ!!!
Porém, sinto muito dizer isso a todos: amor não sente saudade, sente falta mesmo! 
Então, continuemos com o blog, com os e-mails, com os telefonemas e já tramando o próximo encontro!

Mais uma vez: OBRIGADAAAAA E ABRAÇOS APERTADOS A TODOS!

da Chris
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Bom dia!!!

Embora a "ressaca emocional", o "gosto de quero mais" e as "lágrimas grossas de saudades JÁ", existe também um certo sentimento de paz interior por termos absorvido tanta energia positiva uns dos outros....
Beijos!!!
LMB

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Queridos!!!
Falar do reencontro é chover no molhado, é ser repetitivo a todos que antes já se manifestaram.
Agradecer aos organizadores então nem se fala. Espetacular!!!!
Ainda bem que houveram estes abnegados e sintam-se abraçados e homenageados por terem começado essa coisa toda que parece não ter fim. 
Eu não saí de fininho, fui buscar mais um abraço, um beijo de todos vocês, quem sabe para roubar e trazer junto do meu coração, para meu dia a dia, um pouquinho de cada um.
Sim Kida e colegas (irmãos e irmãs como disse o Kimura), vamos ter que continuar esses encontros, será impossível deixar de fazer acontecer. No ano que vem tem mais!!!
Haroldo, tu és o perfeito precursor da Al-Qaeda, quem diria dessa tua veia terrorista e tu Doval, vai ficar com esse segredo só para ti? Divulga aí o nome da GB, rsrsrsrs.

Beijo em todos.
Aldo Luiz
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Muito bom mesmo! Parabéns a todos que ajudaram na organização e obrigado pela oportunidade de rever reais amigos e participarmos de muitas e ótimas lembranças.

Contando com o próximo! 
Abraco a todos! 
Marco 
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Pessoal,

Realmente foi um final de semana inesquecível!!!!!!!!!!
Várias foram as belas lembranças resgatadas...........
Sugiro que estes últimos registros fotográficos feitos no dia 05/10 e informações de contato devam ser compartilhados no blog para que possamos continuar nos comunicando.
Um grande abraço a todos e uma saudação especial ao organizadores deste evento.
Sensacional..............

Marcos Edward Carvalho 
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Brutti, o reencontro da nossa turma foi algo fantástico. Não vai haver palavras para descrever o que todos nós estamos sentindo. Abraços a todos eternos amigos.

Luis Carlos Werberich

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Grande Jacob,

Estou repetitivo ao retornar o recebimento dos teus textos com comentários que os elogiam. Mas às vezes o óbvio tem que ser dito, e aqui estou eu renovando estas boas impressões da leitura deles. De todos eles.
E ainda retorno porque quero também eu fazer um The End Final sobre o que se passou até aqui.
Fomos coniventes contigo no propósito de contribuir para mobilização ao encontro deste fim de semana na forma como se realizou: tu escrevendo e nós lendo (cada um fazendo o que faz melhor, né?).
E todos também somos testemunhas do resultado que foi alcançado. Contra fatos não há argumentos: os comentários fora deste ambiente de e-mails e o assédio da imprensa escrita e falada da cidade ao nosso relator são evidências incontestáveis do sucesso alcançado.
Por isto, registramos nosso reconhecimento formal por teres conduzido esta parte do processo e os nossos efusivos cumprimentos pela brilhante habilidade demonstrada em faze-la.

A todos demais que se empenharam para a ocorrência do evento também fica o nosso forte abraço por terem feito acontecer.
E agora, nos cabe no Sábado contestar o dito popular de que o melhor da festa é esperar por ela.
A festa vai ser o melhor!!!!
TODOS À SM!!!

Um abraço,
Marcelo Cóser

P.S. (não menos, mas talvez o mais importante)

Transcrevo a seguir, sem revelar a fonte, uma hipótese levantada à boca pequena e que é bastante plausível para justificar as tuas boas escritas:

“Oh, meu caro colega!
 
Vou abrir somente para ti o segredo da torrente literária do nosso Amigo Jacob.
 
Ele está frequentando uma SINAGOGA ESPÍRITA (que mistura hein?) ali na João Telles - Bom Fim e está psicografando mensagem do patrício Moacyr Scliar.”

Ahahahahahahahahah!!!!!!!

A LÍNGUA PORTUGUESA

Nota: com muito carinho e imensa saudade peço licença para brincar com coisas do passado, pois "águas passadas não movem, apenas moem".
E ele levantou do seu lugar e apareceu, pois ordeno, antes dessa leitura, que o Nabor volte a sentar. Bem vindo Marinho. Lang calado, Aroldo quieto  e Vollino falecido. Pena mesmo.  

A LÍNGUA PORTUGUESA

Outra vez estou a me lamentar, a trazer novos problemas, sendo egoísta, não me preocupando que vocês já têm os seus, não tendo eu o direito de importuna-los. Ocorre  que não poderia passar desapercebido tanta hipocrisia e injustiça. Estou me referindo a todos os colegas que sempre tiveram seus problemas minimizados durante sua vida escolar por sempre conseguirem se dar bem com auxílio ou influência de alguma autoridade do magistério. Vejam o caso dos colegas que eram filhos, sobrinhos ou afilhados de alguma professora. Nem direi os nomes, pois é do conhecimento de todos. E o que dizer das filhas do prefeito, vereadores e dos filhos de altas patentes militares. Também nem preciso citar pois todos também sabem quem são. Muito protegidos os que tinham parentes ou padrinhos pertencente ao corpo docente da nossa gloriosa escola ou da UFSM. Ligações fortes com funcionários de outros estabelecimentos de ensino também ajudava a ultrapassar obstáculos. Eu, pobre coitado que em nenhuma dessa categorias podia ser enquadrado, sofri durante todos os anos colegiais tanto quanto um “petiço emprestado”. Foram longos períodos de clausura, sacrifícios e sofrimentos. Algumas vezes pernoitei na sala da diretora ajoelhado, virado para a parede, com autorização de respirar somente a cada 5 minutos, para cumprir castigos que injustamente e frequentemente eu era condenado. Hoje sou agradecido, pois graças a tudo isso ultrapassei meus anos no inferno e conclui meu curso de primeiro e segundo graus com muito louvor. Mas perambulando pelas minhas lembranças, varrendo todos os cantos de minha memória, lembro de um colega que tinha grandes poderes sobre nossas professoras sem que, eu pudesse compreender. Esse nobre colega, durante as aulas em qualquer momento ficava a andar pelos corredores, as vezes saia da sala de aula, retornava, ficava em pé junto a sua cadeira e ninguém, nenhuma professora ousava manda-lo sentar. Eu ficava muito intrigado, mas nem tinha coragem de indagar o porque de tanto privilégio e ousadia desse colega. Permanecia calado, afinal era novo na turma e não queria arranjar encrenca. Mas um dia, sem resistir, virei para o colega ao lado e perguntei:" Quem é esse cara que tem tanto poder e liberdade dentro da aula. Por acaso é filho da diretora ou parente de alguma autoridade?" Nada disso, respondeu o colega. Ele não tem parentes importantes, não é protegido de ninguém e nem afilhado da direção. O nome dele é Nabor e ele fica em pé porque todas tem medo da CACOFONIA e por esse motivo, ninguém tem coragem de dar comando algum para ele parar e acomodar-se na cadeira. Fiquei muito intrigado e confuso. Naquela noite nem dormi a pensar o que "aquela parte do corpo tem a ver com as calças". No outro dia, distraído, na hora do recreio, pude sem querer entender o motivo de tamanho privilégio. Estávamos a conversar entre poucos colegas no bar da esquina quando alguém, a sussurrar um segredo sem importância, solicitou que nos aproximássemos e disse: "sentem todos aqui perto, inclusive tu aí Nabor". Como ele não ouviu, um outro gritou" Nabor senta". Puta vida, caiu a ficha. É por isso que ele perambula pela aula o tempo que quer e por onde quiser. Nenhuma professora tem coragem de mandar ele sentar. Nenhuma professora, a evitar a cacofonia, diz:"NABOR SENTA". Fantástico, a partir daquele dia, senti muito ciúmes do nome dele a andar livre por onde quisesse com tamanha liberdade. Viva os vícios de linguagem. Bendita língua portuguesa. Que espetáculo. É o fim.
MAS QUE BARBARIDADE!!!!
Jacob Chamis