quarta-feira, 2 de abril de 2014

Realizamos um encontro muito legal no Augusto, saboreamos um galetinho esperto, regado de cerveja, coca-cola e muito papo! Foi tão bom  que quase fomos colocados pra rua , saímos por último do restaurante ......contrariados..... Com a cia de vocês teria sido melhor ainda!
Aí estão as fotos!
Um abraço com carinho.....

VIAGENS SEM RUMO

NOTA: Por tanto que a vida sempre nos deu e pelo pouco que as vezes nos demos conta disso, poder estar em contado com nosso próprio interior e ver bem de frente o que tememos e do que somos capazes, certamente contribuirá para que nos tornemos pessoas melhores, menos egoístas e aptos a perceber o muito que seremos felizes pelo quanto, aos outros, desejemos nos doar. E uma solitária viagem é um bom atalho para encontrar esse bom caminho. E assim se deu comigo: 

VIAGENS SEM RUMO

Viajar sempre foi excitante. Sair sem saber onde ir, uma utopia. Chegar onde se deseja, a realização de um sonho. Em muitas férias a aventura surgia como alternativa excelente para descobrir nossa capacidade de enxergar o mundo de um modo diferente, através do mesmo olhar, surgindo frente aos olhos que nos permite tudo ver. E viajar pedindo carona foi algo emocionante antes de acontecer, solitário durante sua ocorrência e realizador depois do seu final.

E tudo começou quando, com uma mochila nas costas, numa época que para os pais filhos são protótipos cheios de curiosidades, buscando viver tudo o que ainda não foi visto e querendo enxergar tudo aquilo que ainda não foi vivido, senti certa vez vontade de ser intérprete do meu próprio filme, atuando, produzindo e dirigindo o que parecia ser uma película repleta de emoção, divertimento, ação e principalmente, como desfecho, ter um final feliz.

Pausa para reflexões (atendendo vários pedidos):

A vida é cópia fiel do provérbio, luso tailandês que diz que tudo sempre acaba bem e se não está bem é porque ainda não acabou. Se consideramos o final da vida como o fim do maior filme que cada um protagoniza, e seu desfecho com o evento da morte, refletindo e tentando compreender esse fato, devemos considerar que, por incrível que pareça, ou será um feliz final para quem, em processo de sofrimento, encontra a paz tão desejada, ou mesmo para quem tem uma vida extraordinária, a sua própria morte também proporciona um máximo momento de êxtase por transportar por todo o corpo energias escondidas e reações químicas que proporcionam um epílogo digno de uma super produção. Não estou referindo do ponto de vista de quem fica, pois quem parte deixa a saudade e a dor para quem, desesperado, passa a sentir a enorme perda. Então conclui-se que a busca do final feliz sempre presenteará todos os que nele acreditarem. E acreditem pois será a mais confortadora das verdades, o melhor do epílogos.

Final da pausa e regresso ao set de ações:

E voltando a viagem, seguimos nela. Em uma mochila coloca-se o básico e o que realmente será útil nessa empreitada. Por pouco espaço, nada supérfluo será companheira de viagem. E em busca do caminho que se irá seguir, enchendo-se de vontade, coragem e otimismo, aguardamos no melhor local aquele que nos levará para um ponto mais próximo de onde queremos chegar, como num jogo de golfe que cada tacada coloca a bola mais próxima do buraco final. E particularmente, no meu caso, quem primeiro surgiu, ali pelas bandas do Clube Minuano, onde alguém me soltou, foi um enorme e confortável caminhão de melancias onde me instalei confortavelmente em sua cabine. E por muita sorte iria a São Paulo e estava disposto a me levar junto até esse seu destino final. O meu destino um pouco mais longe, onde pudesse alcançar uma praia para, igualzinho a um filme, deitar na areia sob um coqueiro, conhecer gente, conquistar gurias bonitas e ser convidado para festas e churrascos por veranistas mais abastados. Ledo engano, pior a realidade que o sonho. E tudo já começou na viagem, pois pensando dormir num rede emprestada pelo caminhoneiro imaginei descansar confortavelmente nela, protegido sob o caminhão, enrolado nessa rede por ele cedida. Não foi assim, dormi sobre as melancias, passei frio e para piorar, choveu. Somente restou entrar para baixo da lona e agradecer aos céus por não ter sido pior. E se fosse um carregamento de pregos, ou arame farpado? Por isso aprendi que para uma boa história de aventuras a busca pela próxima emoção é o objetivo de todo o elenco de qualquer filme, no caso eu sozinho era todo o elenco desse filme imaginário. No outro dia, sol a pino batendo na lona e aquecendo, já no inicio da manhã, aquele que tinha sido uma das piores noites que o mocinho da película tinha vivido. Mas quem sabe muitas surpresas estivessem reservadas para esse novo dia, quem sabe. E arrancamos rumo ao destino final de nossa viagem, São Paulo. Dia inteiro viajando, algum divertimento com as conversas sobre a vida de meu ilustre condutor. Mas passado esse dia, apenas comendo estrada, nos aproximamos da capital paulista no inicio da noite. E até percorrer os vários quilômetros que nos separava do final da viagem, algumas horas ainda restavam passar. E por volta meia noite a terrível e desconcertante realidade: o caminhão iria para a Ceasa e eu teria de descer por ali mesmo e a partir de então me virar sozinho. Não foi fácil e custou cair a ficha de que o que podia ficar pior, piorou. Para onde ir? Que rumo tomar? O que fazer? E que saudades das melancias, pois aquilo sim que era conforto. Agora era tudo desconhecido, imprevisto e incerto. Mas não tinha jeito. Descer era a ordem e seguir para qualquer lado a opção. Agarrado as alças da mochila que, parecendo saber de meu medo, se prendiam cada vez mais forte as minhas costas, tentei seguir algum caminho. E o primeiro passo é o pior, e a confrontação com o desconhecido aterrorizante. E na calada da noite, quase madrugada a alternativa era achar um ponto de ônibus e parecer estar aguardando um para, quem sabe, descobrir uma saída que até então estava longe de surgir. E não é que surge um coletivo. O mais belo e acolhedor ônibus que eu poderia sonhar. Fiz sinal e ele parou. O som do hidráulico recolhendo a porta, abrindo caminho para meu ingresso, mais parecia um canto de sereia e o interior do veículo uma limusine feita especialmente para meu conforto. E o bom da vida é constatar que tudo pode ser tudo quando na verdade é um grande nada. De uma situação desesperadora e solitária, uma euforia e segurança em um simples transporte coletivo, que para tantos é martírio, desconforto e cansaço. Para mim aquilo era com o abraço do melhor amigo. Nada mais seria preciso naquele momento. Mas passado o instante bom, a pergunta era para onde ele vai e, para piorar, para onde eu vou? E percebo que existiam apenas três pessoas no seu interior, o motorista, o cobrador e um único passageiro. Subo pela porta traseira, tiro alguns trocados do bolso para pagar e aproximando do cobrador pergunto, como única alternativa que sobrou, onde ficava e como chegar na rodoviária. Ele deu de ombros e falou que morava há pouco em "Sumpaulo", era do Ceará e nada conhecia. Mas, prestativo, gritou ao motorista repetindo a ele minha pergunta. E por azar sua resposta foi um solene "não sei, pois esse ônibus nem vai para aquelas bandas". Então estou perdido. Então terei que vagar a noite inteira sem nenhum chance de dormir, ter segurança e um sentir um bom acolhimento em qualquer lugar que fosse. Mas minha aflição pouco durou, pois o único passageiro, erguendo sua voz falou que iria para a rodoviária, pegaria outro ônibus e que eu deveria acompanhá-lo para que chegássemos juntos ao nosso destino. No primeiro momento, medo, desconfiança e temor. Num segundo descontração, conforto e segurança, pois o sujeito era um bom gaúcho, família do Alegrete e trabalhava nos Correios, transferido de Porto Alegre para a capital paulista. Que feliz coincidência, que alento e que alegria. E fomos de mala e cuia a desbravar as ruas da cidade e a bordo de outro coletivo, olhar as luzes da cidade e parecendo grandes amigos senti novamente o prazer de estar estrelando aquele filme que iniciara lá na minha cidade no interior do Rio Grande. 

E acomodado num banco de rodoviária consegui sentir como se estivesse numa grande suíte de um luxuoso hotel e todos os noctívagos que por ali passavam pareciam bons companheiros de uma mesma aventura qualquer em busca de conforto, companhia e algum prazer que aquele local pudesse proporcionar. Noite dos deuses, vida de rei, e um filme caminhando para seu melhor epílogo por ter dado tudo certo a medida que eu estava feliz com o pouco que restou, pelo muito que me sentia e pela plenitude de estar vivendo uma grande e emocionante experiência para quem, estando tão longe de casa, nem havia ainda chegado a maioridade e viajava com autorização escrita dos pais reconhecida em cartório.

Quanto a esperança de encontrar uma guria bonita, ser convidado para festas e churrascos por veranistas mais abastados, passou a um segundo plano, pois na vida as coisas valiosas são as que agregam experiências, proporcionam algum crescimento e nos colocam frente a frente com nosso interior para, descobrindo medos e fraquezas, chegar sempre inteiro e completo a qualquer lugar, não importando o que será encontrado, mas como estaremos quando encontrar e, o mais importante, estar inteiro, totalmente contatado dentro de si. E rumando para frente, nova estrada surgiu, mas isso é outra história. MAS QUE COISA BEM DE LOUCO TCHÊ. QUE BAITA BARBARIDADE!!!!!!!

Jacob Chamis

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Encontro e João Ville

Meus prezados colegas!

Imcumbido que fui - pela Dona da Mansão - de organizar esta bagunça (própria de colegiais!!), e também atendendo a pedidos de cabos eleitorais de várias localidades e interesses afins, estou enviando em anexo a famosa "CÉDULA DE VOTAÇÃO", para o evento em João Ville.

Pelo cargo a mim concedido (ou não)  de  "JUIZ ELEITORAL PROVISÓRIO E DEMOCRÁTICO", delibero para esta etapa de votação o seguinte:

- Objetivo da votação: definir o data do evento
- Não será aceito múltipla escolha. (caraca, até isso tem que definir!!)
- Somente serão aceitos válidos, os votos que vierem com identificação do eleitor. (essa também tem que escrever!!!)
- Prazo para votação: até dia 03/02/2014. (sem reclamações ou solicitações de aditamento do mesmo);
- Excrutínio dos votos: dia 04/02/2014. (sem acompanhamento ou fiscalização de qualquer tipo ou pessoa);
- Promulgação do resultado final: dia 05/02/2014. (sem possibilidades de segundo turno, cancelamento ou qualquer reclamatória sobre o mesmo);



TENHO DITO.

Exmo. Juiz da Comarca do MR-73
Dr. Gerry CascaCorino

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Queridos,
Jussara estava dando uma passadinha por aqui e resolvemos fortalecer o segmento feminino dos MMs.
Muitas deliberações, ATA secreta!
Brindamos a todos!
Beijo
Christina Trevisan

O CARA É BRILHANTE

Nota: entre brincadeiras e improvisações da narrativa, peço que valorizem a seriedade, o lado poético e humano que o paragrafo discorrido pelo Kimura traz, enriquecendo o  texto e a convocação para que algo precisamos fazer para perpetuar nossa travessia pelo colégio, bem como, criar sementes para trabalhos em prol da escola pelas gerações futuras ávidas de exemplos e trilhas a seguir.

O CARA É BRILHANTE
Agora também somos adeptos do avesso do Rapirrauer. Somos do Sevenrauer, uma prática milenar onde seus componentes marcam encontros matinais em uma panificadora, padaria ou confeitaria qualquer, previamente escolhida, a partir das 07 hs da manhã, para um café com leite acompanhado de pão com manteiga, queijo e presunto ou mortadela, fresco ou aquecido. Não pode ser bolinho, pão de queijo, doce, empada ou qualquer outro acompanhamento que não seja o tradicional pão francês. E aí os assuntos, brincadeiras, histórias e decisões são trazidas à mesa junto com o desjejum, no inicio do novo dia, antes que cada um tenha de partir para seu destino diário, tais como trabalho, estudo ou lazer, no caso dos já descansados profissionais de pijamas. Essa prática foi criada no século passado por dois brilhantes filósofos e cientistas da vagabundagem produtiva que se chamavam Jacob Calil e Asdrubal Chamis, esse último menos conhecido na época por Kimura. Hoje seus discípulos são os nada menos brilhantes Jacob Chamis e Asdrubal Calil. As inversões dos sobrenomes se deu quando suas famílias imigraram para o Brasil, no século passado e, passando por Portugal, no momento de embarcar no vapor transatlântico, um vento levou os documentos e o gajo da alfândega disse para misturar os nome já que o vento havia feito o mesmo com os papéis. Coisas de português. Mas vamos direto ao que foi apresentado, discutido e concluído no último Sevenrauer, nesta sexta-feira, conforme abaixo está relatado:

Situada a Rua Barão do Amazonas, em Porto Alegre, capital de todos os gaúchos, cidade pertencente a região metropolitana da Grande Santa Maria, existe a conhecidíssima Padaria do Barão. Fino estabelecimento que serve desde sopa quase aquecida, no inverno, a saborosos sorvetes quase derretidos no verão, passando pela simples e maravilhosa média com pão e manteiga. Marcado o encontro para esse esplendoroso Sevenrauer, compareceram dois brilhantes rapazes, Jacob Chamis e Asdrubal Kimura Calil. Adentrando ao ambiente, já foram falando às simpáticas atendentes, Rosaura e Diárana." Bom dia gurias, tragam o de sempre". E elas quase em jogral. "Bom dia pra vocês também, nossos garotos". Nem preciso dizer que o sorriso dos "boys" adentrando foram de orelha a orelha pela calorosa e acolhedora recepção. A última vez que fomos tratados assim foi na década de 60, na casa de nossos avós, pelas cozinheiras que nos mostraram os temperos da vida. Mas voltemos ao Sevenrauer que a coisa vai tomar outro rumo e o assunto vai ficar, a partir de agora, muito mais sério e importante.

Café com leite servido a mesa acompanhado de pão com manteiga, queijo e presunto para iniciar bem outro novo dia que, como de costume, deveria ser intenso, produtivo, divertido e longo, pois o trabalho iria iniciar e o calor já era forte. Sol que já se apresentara no horizonte informando a todos que estava ali para aquecer corpos e mentes. Brilhava intensamente desde tão cedo, na rua, que tornava todas as cores mais intensas e verdadeiras trazendo consigo pessoas que circulavam com as mais variadas expressões, tais como, sono, no caso dos que ainda não haviam deixado totalmente suas camas, cansaços cambaleantes, no caso dos estavam se dirigindo para elas e em suas companhias atravessariam essa quente manhã, e os cheios de felicidade, pela contemplação da beleza da vida com um novo dia surgindo, que era o nosso caso. Muita conversa pois a energia da manhã quando se insere na gente nos transforma em leões matinais prontos para tudo, e que venha a vida venha nos provocar  pois estamos prontos para ela e esperando. E aí o Asdrubal, depois de contemplada a alegria do ar respirado, a beleza do dia a encher-se de cor e a satisfação do sabor desse desjejum tão simples, saboroso e completo, lança na mesa o que considero ter sido o meu melhor momento, como ouvinte, da explanação feita por esse ser que é minha grande companhia e inspiração de fidelidade a amor fraterno desde que me conheço por gente lá nos idos da década de 50, e  nesse dia de sexta-feira ele disse algo mais ou menos assim:

"Nossa vida é boa, nossos amores nos fazem vibrantes, nosso filhos estão ao nosso lado nos enchendo de felicidade, nossos amigos fiéis voltaram ao nosso convívio, nossos corpos ainda sentem a magia dos toques femininos a nos rodearem, mas nossa contribuição aos que ainda, seguindo nossos passos como alunos do Maria Rocha, estão desamparados, desassistidos e sofrendo todas as privações que as gerações subsequentes a nossa vem penando pelo abandono e falta de recursos disponibilizados para a educação, pelos governantes e pelo conjunto da sociedade, é totalmente nula. Temos que fazer alguma coisa para ajudar e também perpetuar nossa presença e passagem por tão importante estabelecimento de ensino que, esbanjando elevado padrão qualidade na época, nos colocou onde hoje muito mais precisa ser feito ou gasto para chegar onde tão facilmente conseguimos chegar. Isso também serviria de semente, exemplo e incentivo às gerações futuras de ex alunos. Devemos aproveitar essa massa crítica, mexer nossas bundas, ganhar o mundo e construir algo que nos permita morrer como pessoas em paz com suas consciências que deixaram algum legado em prol de alguém menos favorecido e que contribuíram com o que mais carente e fundamental para o sucesso de qualquer país que é a EDUCAÇÃO. Tenho comigo essa cobrança que me faz pensar sobre meu legado e minha contribuição que marque minha passagem por essa vida. Preciso de certo modo contribuir com o pouco que até hoje obtive com a ajuda dos outros retribuindo isso a alguém. Minha consciência é meu algoz . "

PUTA QUE PARIU. O cara enlouqueceu. Seu cérebro acaba de fritar. Deve estar sob efeito de alucinógenos. Vai ser internado por disfunção erétil cerebral. 

Isso foi bonito, sincero e repleto de verdades objetivas que dizem ser necessário repassar pelo menso um pouco do muito que obtivemos. Foi bárbaro. É preciso.

Olhei para ele pasmado, petrificado e emocionado. Conheço  ele a tantas décadas, mas parece que é tipo "Jack o Estripador", por partes e o último foi seu cérebro. Com tão pouco uso é a parte de seu corpo mais conservada. Mas isso são detalhes e o que importa é do que ele foi capaz de trazer à mesa e como nos surpreendeu. E digo " nos surpreendeu" porque as meninas que serviam, Rosaura e Diánara, choraram, espernearam, ligaram para seus familiares e entre emoções, elogios e espanto, se aproximaram, puxaram cadeiras e não mais queriam se afastar daquele que era agora o cara mais fantástico, querido, sensível, inteligente e etc dos fregueses da Padaria Barão. Inclusive o proprietário que chegou no meio da dissertativa já ingressou  na Junta Comercial para trocar o nome do estabelecimento. Será "Padaria Barão Kimura". Uma espetacular passagem em nossas vidas. A sogra do padeiro que estava no toilete, chorava compulsivamente. Que momento, que instante, que brilhante discurso. Que narrativa intensa Um fato de raro brilho. E Estávamos todos em êxtase.

Mas isso se viveu e já passou, mas o que importa é a idéia, a vontade, a visão. Porque não fizemos o que ele está sugerindo? Por que não juntamos nossa alegria e vontade de continuarmos juntos e a transformamos em algo que nos marcará para sempre e mudará também o significado de ser ex-aluno. Vamos nos cotizar, reunir, discutir e tomar atitudes que melhorem a vida escolar de quem hoje faz e vive o que fazíamos antes. Vamos constituir comitês, vamos angariar fundos, vamos contribuir e vamos indagar a diretoria da escola sobre suas reais necessidades ou carências. Exemplos não faltarão, pois bibliotecas, centro de informáticas, materiais esportivos, cadeiras, classes, armários, por exemplo, nunca estão sobrando, muito pelo contrário, num momento desses onde a educação é tratada como verbas de custeio, folhas de pagamentos e manutenção de patrimônio e não como investimento prioritário, estão sempre faltando. Precisamos apenas um pouquinho de cada um para que, em algo enorme, isso tudo possa se transformar.

Foi um grande alento sentar e ouvir tamanhos anseios e ideias. Chegaremos juntos onde ninguém ainda chegou como ex-alunos dessa escola. Todos irão se juntar a nós.

E como diz o Enio, Viva Mandela.

Mas que coisa boa Chê. E que barbaridade!!!!!!!!!!

Nós, Os Brasileiros

Nota: Essa é sem aviso e de sopetão, só para não perder o jeito. É sobre nossas maneiras, nossas coisas, enfim nossa vida nesse imenso país. E será em forma de  capítulos. E desde já desejo que sejamos todos muito felizes nesse primeiro próximo ano do reinicio de nossos encontros. E que bom que ainda somos crianças e o futuro que nos aguarde, pois ainda tem muita coisa pela frente. E aqui vai:


Nós, Os Brasileiros

Como não iniciar desejando a todos o que de melhor a vida possa proporcionar em cada dia deste ano que agora começa. Como não começar tentando dizer que, sem nenhuma explicação lógica, eu sumo da tela sem ao menos escrever desejando ou explicando qualquer coisa. Como não olhar para trás e sentir profunda vontade de ter abraçado um por um e perto de cada ouvido ter dito uma simples frase que demonstrasse o quanto os quero bem. 
Mas é do principio que qualquer coisa começa e do seu inicio chegaremos onde desejarmos, pelos caminhos que escolhermos trilhar. 
E no meu começo digo que, tentando adiantar cada dia de trabalho que eu deixaria para trás e, numa tentativa desesperada de não esquecer nenhum detalhe que comprometesse o futuro de minha nada grande nem pequena empresa de meus sonhos, trabalhei muito para partir ao velho continente num período de 20 dias finalizados nesse final de domingo, a ponto de não saber o que fazer para despedir, desejar ou simplesmente dizer um até breve a todos os que me rodeiam ou que pertencem a esse meu lindo louco mundo. E foi assim, partindo sem ter ido, voando sem tirar os pés do chão e sumindo sem deixar meu rastro que eu viajei para uma estação qualquer em busca do que ficou, a procura do que perdi (não imagino onde nem quando) tentando trazer de volta o que sei estar escondido dentro de mim. E me trazendo de volta trouxe o que considero ser a identidade de cada um que pertence a esse imenso e querido país que somos todos Nós, Os Brasileiros.

Casualmente, lendo uma matéria sobre a infelicidade de um repórter que, sofrendo um assalto, teve seus equipamentos roubados, não pude deixar de enxergar que, em seu justo desabafo, a maior de todas as infelicidades foi sua frase, quase de efeito, que disse ser "O Brasil é um país que não deu certo". Assalto injusto, trágico e desgraçado. Frase infeliz, indelicada e estúpida. Pois sim, nós somos um grande país que deu muito certo. Estamos, como uma criança, completamente atrapalhados, inseguros e imaturos, mas já demos muitas provas que deu certo. E vamos começar por definir nossa raça. Quem somos? Somos todas as raças, somos uma doce mistura onde o italiano de olhos puxados se mistura ao japonês de cabelos loiros, o alemão ariano de Hitler se apaixona pela judia do gueto de um Bom Fim qualquer e a muçulmana empresta o véu que cobre seu rosto ao ateu de olhos claros que tenta esconder suas feições gastas pelo tempo. Assim somos Nós, Os Brasileiros e nesse primeiro quesito já estamos dando certo

E de nossos regimes? O que dizer do golpe que implantou uma ditadura qualquer, nascida num 1º de abril insignificante, que teve sua derrocada sem violência, sem que fosse disparado nenhum tiro ou bomba, dando lugar ao regime democrático reconquistado, derrubando o que nunca deveria ter sido alçado ao poder. Assim somos Nós, Os Brasileiros e nesse segundo quesito já estamos dando certo

Nem tudo são flores, pois temos falhas estruturais, vergonhosas, onde a justiça tarda e falha e manifesta debruçada sobre leis inapropriadas e contraditórias. Sim, pois é no absurdo das argumentações que o mesmo parágrafo da lei que condena é usado com a maior safadeza para absolver.  
O pior é constatar que são dúbias para confundir, atrapalhar. E pior ainda é saber que quem as fez não é incompetente ou incapaz. E tanto pior ainda é saber que não fizemos justiça, fizemos negócios entre melhores ou piores oradores do direito. Assim somos Nós, Os Brasileiros e nesse terceiro quesito precisamos mudar e vamos dar certo.

No velho mundo, vemos progresso, riqueza, competência, tecnologia, conforto e organização coletiva. Aqui vemos riqueza concentrada, competência desperdiçada, tecnologia importada, conforto a preço elevadíssimos e desorganização coletiva. Enquanto na Europa o transporte de massas funciona e atende todas as classes sócias, rápido e confortável, aqui se incentiva o transporte individual, com elevadíssimos gastos públicos, para criar a tal de  mobilidade, que é individual, urbana. Assim somos Nós, Os Brasileiros e nesse quarto quesito precisamos mudar e vamos dar certo.

Nos meses de junho e julho passados fomos as ruas como uma criança que, querendo crescer, se aventura em sair sozinha de casa. Fomos organizados, objetivos e orgulhosos de nosso amadurecimento. E devemos repetir até que os marginais de plantão que tentaram atrapalhar, protegidos pelas autoridades, sejam varridos das ruas como ratos de esgoto que devem ser dizimados e aniquilados. E foi bonito acompanhar essa nossa tentativa de crescimento e maturidade. Assim somos Nós, Os Brasileiros e nesse quinto quesito já estamos dando certo.

Precisamos compreender que nesse momento mais importante que ser de esquerda ou ser de direita é ser de cente. E quem atrapalha não é o povo que, sendo extremamente zeloso e correto, paga até carnê da Imcosul em atraso. São as elites que historicamente, tentando sempre levar vantagem, atrapalham e prejudicam até que sejam seus escusos objetivos alcançados. E também tem os neuróticos de plantão que tentando ver sujeira e caos em tudo que acontece, fazem a política de terra arrasada pensando ser essa a melhor saída. Protegemos os que roubam, acusamos apressadamente, prendemos os ladrões de galinhas e inocentamos os escolhidos da mídia, que também julga pelo critério que lhe melhor convier. E nessas todas apenas o poder determina o rumo. E das ruas nascerá o melhor caminho. E todos estão cientes da correta solução. E todos já estão aprendendo essa lição. Assim somos Nós, Os Brasileiros e nesse sexto quesito precisamos mudar mas já estamos dando certo.
   
De nossas manifestações populares e vida coletiva, somos os melhores, pois não há sexta-feira melhor que as nossas, não há carnaval mais espetacular, não há alegria mais espontânea, não há futebol mais acrobata, não há humor mais refinado, não há sensualidade mais estampada, não há amigos mais companheiros, não há aglomeração mais divertida, nem praias tão lindas, nem campos tão abundantes, nem plantações tão espalhadas, nem indústria tão ávida em crescer, é só deixar. Assim somos Nós, Os Brasileiros e nesse sétimo quesito já estamos dando certo.
     
De nossos heróis prefiro um outro capítulo, pois sendo o Deodoro gay, D. Pedro I almofadinha, D. Pedro II atrapalhado, e Getúlio grosso feito dedo destroncado deveremos pesquisar melhor para saber se precisamos alterar a forma de recontar a história do Brasil. Sem falar dos militares que tentaram se transformar em heróis e somente conseguiram virar nome de logradouros. Assim somos Nós, Os Brasileiros e nesse oitavo quesito já estamos nos divertindo. 

Mas repito com todas as letras, antes de ser de esquerda ou de direita, sejamos DE CENTES.  

Mas que barbaridade!!!!!!!!!!   

Jacob Chamis

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PANELA VAZIA (a resposta)

Meus amigos e parceiros Jacob e Kimura e demais membros espontâneos do MR73, membros flutuantes da “panelinha”. Depois do e-mail do Kimura preocupado que eu pudesse estar magoado, depois do “Panela Vazia” do Jacob, tive a necessidade de escrever o que penso, pois os elogios do Jacob são maravilhosos e ao mesmo tempo me deixaram constrangido, mas passou.Mesmo que quisesse não arrumaria adjetivo melhor para estas reuniões das quintas. Passou pela cabeça de vocês que toda quinta os membros espontâneos do MR73 pensam nos membros flutuantes da “panelinha” de Porto Alegre? Ou quase todos eles? Todos aqueles que ficaram presos a este sentimento renovado no último outubro, sentimento que não diminui, sentimento que não tem cobrança (a não ser por pura e gostosa sacanagem), sentimento que não tem ciúmes. Não cabem mais ciúmes dentro de nós, nessa altura, com todos vocês, só cabe amor. Mas para muitos é difícil confessar isso, são poucos os que gostam de um beijo do amigo, demonstração de afeto e admiração, mas graças a Deus a maioria de vocês adora um abraço e um beijo carinhoso dos amigos. Nós precisamos fazer mais panelinhas, para que todos, quando estiverem em algum lugar que tenha um só membro do MR73, que eles se encontrem e demonstrem toda felicidade que moveu amigos de todas as partes, desmanchando compromissos para se encontrarem quarenta anos depois de saírem do MR. Para se abraçarem e chorarem de alegria e emoção, as quais tive a felicidade de constatar nos mais diversos grupos que se formavam. Bastava alguns minutos e o grupo já não era mais o mesmo, as pessoas já estavam em outros grupos emocionados da mesma forma, sempre com um sorriso molhado. Todos estavam integrados entre si e a panela estava quase completa. Ainda faltavam alguns que teimaram em ficar em alguma parte deste mundão, mas com certeza pensando em nós, reunidos, celebrando o amor e a amizade sem qualquer tipo de cobrança ou compromisso. Por isto Jacob, Kimura, Marcelo, Aldo, Fox e Werberich, membros fundadores da segunda panelinha(a primeira foi em outubro), é com muita alegria que recebo as mensagens, vídeos e comentários das quintas, pois também me sinto um pouquinho ai com vocês, sem ciúmes, sem cobrança, apenas feliz por ver as pessoas que amo, felizes e celebrando a vida e a amizade. Kimura, não se preocupe em fazer uma reunião em SM para aparar arestas, elas não existem. Nossa amizade é redonda, lisa, limpa e transparente. Caso contrário, não seria amizade, não duraria todo este tempo, não iria durar como vai durar para todo o sempre. Agora, que vocês sempre estarão expostos as nossas cutucadas, isto, podem ter certeza, vamos estar sempre vigilantes, cobrando esta alegria desses encontros que energizam todos nós.

Só como exemplo, poderia ser eu ou qualquer um de vocês. Todos são especiais como é o meu amigo Chico:

Fiquei muito emocionado ao ouvir dele, quando saia da cerimônia religiosa do casamento de sua filha Nicole, me olhou e disse: “tu sabes que te amo, né, Eninho?”. Estava lá ele, com sua querida Regina. Ao avistar eu, Marconi e Maria, deu um enorme sorriso e abanou para nós, em pleno altar. Só isso valeu ir a SP abraçá-los. Poderia ter abanado e sorrido para qualquer outro dos inúmeros amigos dele que estavam lá, mas não, sua mente voltou no tempo e viu os amigos que sempre estiveram no seu coração. Antes dessa cerimônia, samba da melhor qualidade do Inova Samba, pupilos da maravilhosa Chris Trevisan, conhecem? Um dos músicos é filho do também amigos de muitos de vocês Jorge Mettecy e Cândida. Postamos fotos, na ocasião, era mais uma panelinha lá em SP.

Viva MANDELA!!!!!!!! Para mim, a personalidade da minha existência.
Beijo a todos
Enio

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

PANELA VAZIA

Nota: Mesmo amando a todos, mesmo sentindo falta de todos, mesmo querendo a presença de todos, digo que somos uma panela quase vazia que espera ansiosamente estar divertindo a todos, como estamos nos divertindo, querendo que todos se sintam estimulados a sugerir, solicitar, comparecer ou simplesmente escrever qualquer coisa que sirva de combustível para nos manter unidos. E para quem, pela primeira vez nominou nossos encontros com alcunha de PANELINHA, simpático nome de um utensílio doméstico de utilidade capital em qualquer casa, trago em forma desse singelo texto sentimentos e inspirações vindos do fundo da alma, que é o lugar dessas emoções, guardadas bem juntas das melhores pessoas que moram em nosso lado esquerdo do peito.  


PANELA VAZIA: 


Escavar o solo para arar a terra. Plantar a semente para colher o grão. Fazer a massa para produzir o pão. Pão nosso de cada dia feito com esforço e luta por quem, nas frias madrugadas, abandona o aconchego de seu leito e enfrenta duras jornadas para, com alegria e satisfação, saciar  a fome com o fruto de seu eterno trabalho. E são tantos esses anônimos heróis espalhados pelo mundo unidos pelo amor ao seu trabalho que precisaríamos alguns capítulos da Bíblia apenas para tratar de tão sagrada e antiga profissão. E são tão importantes e tão imprescindíveis que certamente seriamos muito pobres sem a existência deles. Pelo bem que a todos fazem, por produzir tão nobre alimento, faltaria espaço para de todos falar. E, em especial, apenas um exemplo que a todos personifica. E é da família do Ênio que começo a escrever. E deles seria pouco e injusto não traçar paralelos entre a importância do alimento que sempre produziram e sua dedicação as pessoas que os cercam com seus gestos e atitudes de carinho consequência de uma sólida e honrada criação. Da mesma maneira que os pães sempre se prestaram como o mais igualitário de todos os alimentos trazendo a todos a compreensão utópica da igualdade social, nosso querido Enio parece transmitir a todos o desejo que tudo fosse justo, honrado, fraterno e correto. O melhor que a vida possa trazer, essa é seu desejo a todos que com ele convivem. E é do pão, que desde a antiguidade serve de alimento aos homens, que surgiu a inspiração para embalar, pelos cantos do tempo, tão bela família, tão sólida linhagem, tão generosa estirpe. E de seus pais que com tanto esforço criaram tão amados filhos que de apenas um deles, seu querido Ênio, tomado como parâmetro, já podemos compreender a consequência desse esforço, a nobreza de toda uma vida de sacrifícios e a conquista por tantas lutas. Feito massa de pão que cresce tanto mais quanto mais apanha, a vida não começou com farturas e sobras, pois somente após muita luta e tempos de longa e árdua travessia seus pais puderam com orgulho e paz interior olhar para trás e sentir que valeu todo o sacrifício e esforço pela grande família que merecidamente criaram. E é o Enio que nos permite concluir e escrever desses sentimentos que eles transmitem. E é o Enio que tem em si a maior das qualidades, o desejo de querer bem a todos que o cercam, a vontade de distribuir seu amor a todos quantos for possível ele amar. E me incluo nesse enorme grupo de pessoas que, da forma que for possível, sente ter o privilégio de ganhar esse amor. E muito ciúmes poderia sentir das pessoas que dele recebem uma fatia muito maior desse sentimento, por se sentirem mais próximos de seu maravilhoso aconchego. E é por isso que considero que a “panelinha” citada existe realmente no sentido figurado dessa palavra e, por ser assim, poderíamos dizer que ela está quase vazia por faltar em seu interior o melhor dos molhos, o mais saboroso dos temperos, que são vocês todos e muito particularmente meu adorável Enio Krum que tão maravilhosamente reuniu todos outra vez. E nessa “panelinha” muito choro e tristeza em forma de risos e felicidade cabem todos os que a qualquer momento, em qualquer instante, der um pequeno sinal, um simples chamado e certamente essa corrente ficará cada vez mais forte e seus elos permanentemente unidos. O que nos uniu novamente nem um vendaval conseguirá separar. Que tudo de bom ilumine a vida de cada um de nós e para ti Enio um abraço do tamanho do mundo e que eu sempre seja merecedor da amizade de pessoas com tu que melhoram o mundo e fazem dele um lugar digno de se viver. Obrigado por estar entre nós.

Um grande beijo.

Jacob Chamis e panela.      

Asdrubal Calil

Asdrubal Calil
Aproveito para informar a realização de outro encontro, nesta quinta-feira, entre os habitantes desta capital. Nossa vontade é aumentar sempre o número de participantes. Nossa alegria é enorme e crescerá sempre que alguém se apresentar como participante espontâneo, tal como nós somos. Hoje somos seis que se apresentam, quando convocados, para as reuniões que se tornarão sistemáticas nas quintas-feiras. Certamente nestes encontros trataremos de inventar uma maneira de agregar o maior número possível de integrantes de toda essa nossa enorme irmandade, para que nunca mais se dispersem. Nosso projeto é tornar a quinta-feira o dia do Rapirrauer Sagrado incluindo orações e bênçãos do pastor de plantão, eleito sempre na semana anterior. E para cada novo participante será realizada uma missa com seu corpo presente e encomendaremos sua alma, também presente. A extrema unção será regada a bebidas e quitutes. Caso alguém esteja pelas proximidades, por favor faça contato.

NOVOS LANÇAMENTOS:

Breve o lançamento do romance contando parte da vida no querido Gilberto Bandeira Lang. Informo que sua biografia será contada a revelia da vítima por não ter dado sinal de sua graça até o presente momento.
Já reli algumas vezes e estou arrepiado com as coisas ali descritas. As informações sigilosas foram trazidas por fontes fidedignas que exigiram sigilo absoluto. Não revelarei a fonte, apenas os fatos. Coitado do Lang, será massacrado.
Caso hajam ameaças contra minha integridade física, afirmo, data vênia, estar protegido na forma da lei. Mas por garantia, imploro asilo em alguma casa que ofereça mínima segurança para todos da minha família e se necessário, de todos os meus herdeiros também.
Serei, como sempre, corajoso, pois a verdade está acima dos interééésses, como diria Leonel.

Jacob Chamis  
  

A TORTA DE LANG CONDENSADO

Nota: Ele não é como o ébrio da canção de Vicente Celestino, pois não voltou. Talvez ele esteja, em silêncio, acompanhando tudo. Nós adoraríamos se houvesse alguma manifestação dele, se ele dissesse alguma coisa, ou pelo menos um simples olá, e isso já nos bastaria. Independentemente, ele é um grande sujeito que, por onde passou, a todos sempre cativou, a todos muito encantou, e comigo não foi diferente. E agora trago um pouco disso para que todos compartilhem nossas aventuras, bem como as "doces" histórias vividas com Célia, a mãe  dele. Mas foi como guardião da meta do Modess Pétala Macia Football Club que ele conquistou grande destaque.

A TORTA DE LANG CONDENSADO 

Sua querida mãe se chama Célia, seu amado pai, Arthur. É o terceiro filho desse adorável casal e atende pelo nome de Gilberto Bandeira Lang, ou simplesmente Lang. Menino muito levado, desde seu nascimento muito trabalho deu a seus queridos pais. Morava, quando criança, na Rua Professor Braga, próximo a Casa do Estudante e junto a boate do DCE. Uma grande vantagem, como ele mesmo dizia, pois quando criarem a Lei Seca, nem precisarei ir de carro para casa e posso beber a vontade. Muito sapeca vivia correndo pelas ruas próximas e pulando muros dos pátios dos vizinhos. Todos diziam que ele de tanto saltar certamente iria atravessar fases da vida num só pulo, pois nunca sossegava. E isto realmente ocorreu, pois o 5º ano primário ele nem conheceu e já entrou direto para o ginásio no querido Colégio Maria Rocha. E foi no primeiro dia de aula, acompanhado de sua doce mãe Célia, muito recomendado aos professores, que apareceu aquele gordinho, com cara de criança,  apressado e pulando várias cadeiras para ir direto para o fundo da aula, melhor lugar para pular pela janela sem ser visto, dizia ele. Muito  me encantou aquela simpática figura. E uma grande amizade ali estava nascendo. 
Como eu era um ano mais velho, ele sempre falou que seu sonho era ter amigos grandes para se sentir mais seguro no meio dos futuros adultos que já enxergavam mais longe que ele. E por isso vivia grudado em mim. Onde eu ia ele pedia para ir junto. Não gostava nem de jogar bola, mas como eu, Fox, Kimura e o Badeco formamos um time, ele, um perna de pau, implorou para jogar, nem que fosse como gandula. Ficamos com muita pena, inclusive trouxe um bilhetinho de sua adorável mãe, explicando que caso ele não fosse aceito estava disposto a cortar os próprios pulsos. Essa ameaça assustou e, não teve jeito, colocamos ele no time. No primeiro jogo, nosso adorável goleiro, que nemguides tinha, chegou calçando uma sapatilha encarnada brilhante que roubou de sua irmã. Foi um sucesso, pois os atacantes do time adversário sempre que se aproximavam de nossa área erravam o chute ofuscados por aquele calçado espalhafatoso e ridículo que brilhava intensamente com a luz do sol. Foi nosso primeiro jogo e uma grande vitória, graças a indumentária de nosso glorioso guarda metas. No próximo jogo, que seria uma verdadeira pedreira, ele nem se fez de rogado e apareceu com um cuecão rosa pink avermelhado tipo laycra com strech e lastex, colado ao corpo, parecendo dois troncos de árvores em chamas que chegavam a cegar quem olhasse por muito tempo. Novo estrondoso sucesso e nosso time já era um dos melhores da zona com uma defesa muito pouco vazada. Mas tudo tem um fim e no próximo jogo, por pensar que já era um grande goleiro, nosso novo herói foi fardado com meias três quartos, camiseta acolchoada, calção de bolinhas até a patela e tênis salto alto para aumentar a estatura e pegar bolas dirigidas para "onde a coruja sesteia" dizia ele. É onde a coruja dorme corrigimos. Como é jogo a tarde, a coruja sesteia e pronto respondeu ele. Mas foi um fracasso, pois sem o cuecão e a sapatilha os adversários não erraram nenhum gol e perdemos de 29 a 16. Tristeza total, frustração completa, desilusão definitiva. Caímos na real e passamos a adotar tática kamikase, ou seja, para ganhar teríamos que fazer mais gols que nosso goleiro levasse. E foi um show de gols e os escores nunca mais baixaram de 15 gols. Pena que era sempre contra nós. Mas era nosso amado goleiro e ninguém aceitava que ele fosse substituído. Quando ele ficava doente e o jogo era importante levávamos a cama e ele atacava deitado, mas sem ele não jogávamos. Sem o Lang era preferível a morte, ou WO que é o termo mais adequado. Minha convivência era muito intensa também com sua querida mãe Célia. As vezes ele nem estava em casa e nós dois, eu e a Célia passávamos a tarde trocando receitas de bolo, falando sobre novos pontos de tricô ou sobre a rebeldia do Lang que a preocupava muito. Ela muito insistia para que ele seguisse bons exemplos, e na opinião dela era em mim que o Lang tinha que se espelhar. E sua felicidade era completa quando eu dizia que tudo faria para mantê-lo no bom caminho. Certa ocasião ela receberia amigas para um chá no final da tarde e estava aflita por não saber como recepciona-las e o que oferecer. Mandou me chamar para trocarmos ideias. Sugeri chá com torradas, frutas leves da estação e uma torta que eu mesmo faria. Ela pulou no meu pescoço e cheia de alegria disse: " Meu Deus esse menino vale mais que todos os meus filhos juntos e os de todas as vizinhas." O Lang morria de ciúmes de tanta adoração. Inclusive me proibiu de ver a mãe dele, o que não adiantou pois ela sempre me chamava. Mas e a torta? Vamos a ela. Organizei a lista dos ingredientes, tais como leite condensado, pão de ló redondo tipo pré torta, morangos, ovos para o merengue e disse: " Lang pega dinheiro com o teu pai Arthur e vai correndo ao supermercado comprar o que está na lista" Pra reforçar Célia gritou: "E vai num pé só, não demora, seu molóide", pois estava muito nervosa e aflita porque as amigas viriam nesse mesmo dia. O Lang saiu soltando fogo pelas ventas. E muito querido que sou, fiquei com a mãe dele ensinando a receita: " Primeiro passar leite com açúcar para amolecer a massa, rechear com a mistura do leite condensado em forma de brigadeiro mole, montar a torta com o pão de ló fatiado e cobrir com merengues enfeitados com os morangos displicentemente soltos sobre a generosa camada de clara em neve". Notei lágrimas derramadas de seus olhos a umedecer seu meigo rosto. Essa cena ficou gravada em minha retina. E o sucesso foi tão grande que a noite ela confidenciou em seu leito nupcial com o querido marido Arthur: " Meu sonho era um filho como o Jacob, pois é um lindo menino e nosso filho Beto (o Lang) tem muito que aprender com ele". Naquela tarde com as amigas que muito elogiaram a torta, ela, minha querida amiga Célia, disse a todas, cheia de felicidade e orgulho, que o autor da façanha era um colega de seu filho, um  amor de criatura, conforme seu carinhoso comentário. Segundo a Célia muitas queriam que eu fizesse tortas e fornecesse para eventos sociais. Para retribuir pela eterna gratidão, Célia sugeriu ensinar ponto arroz duplo para tricotarmos juntos nas frias tardes de inverno em Santa Maria. Adorei a ideia e até hoje sinto saudades daquelas tardes chuvosas, dos nossos saraus onde, no meio das senhoras, eu me sentia muito a vontade e ficava sabendo das novidades e fofocas mais recentes. Mas seu filho Lang, hoje um médico radiologista famoso na capital, está sumido e não comparece em nenhum evento. Muito trabalho e dedicação aos projetos por ele desenvolvidos. Conforme registro em anexo, hoje um desses projetos é criar ovelhas próprias para fornecimento de lã, carne de corte e também como garotas rurais de programa,tipo sexo casual, para melhorar a renda na entre safra, diz ele. Mas sua especialidade médica é consequência de sua paixão por música, na puberdade. "Quando crescer vou fazer algo que envolva medicina e rock pauleira juntos, ele dizia, que sonhava ser médico especializado em algo que tivesse a ver com a música. Vou ser médico radiologista para ficar ouvindo um som durante as consultas falava sempre, pois acreditava que radiologia tinha a ver com radio e reumatologia com embarcações a remo. Hoje adulto está arrependido pois compreendeu que esta especialidade  nada tem a ver com rádio, mas como é um grande apaixonado por paródias musicais mandou instalar uma enormeeletrola estereofônica nas dependências do Hospital Conceição onde ele também trabalha. A música cura todos os males e então curará os enfermos por nós, comenta com os colegas, ouvindo o último sucesso do Jerri Adrianiem vinil que ele encontrou no Brique da Redenção. Belo rapaz, adorável colega, grande amigo e filho querido, um pouco ciumento, mas muito companheiro e dependente de sua mãe, pois sempre dormia nos pés da cama do casal, por ter medo de trovoadas, chuva, raios ou uma simples garoa. Espero que ele apareça Um cara assim faz muita falta.

MAS QUE BARBARIDADE!!!!!!!!!!
  
Jacob Chamis        

Reparem na foto o olhar satisfeito para o seu rebanho.   

 
 
 
 

Imagens inéditas da gravação do fabuloso clip que encantou e conquistou crianças dos 8 aos 80 anos.

Breve novos clipes.

Breve uma história sobre a convivência com encantadora criança que cativou todos que dela se aproximaram.
Seu nome é Eduardo, seu pai é Marcelo Cóser e seu amigo é este que vos escreve.

Jacob Chamis

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Como sempre, vou passando pelo lugar certo na hora certa.
Uma verdadeira troupe mesmo!
Se os cartórios de cobranças descobrem esta foto, vcs estão lascados!!! rsrsrsrsrsrs


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Nota: todos perderam, todos sofreram, todos sofreremos sempre e ninguém jamais poderá desistir. Por todas as perdas, personificadas em uma só, sem  nunca, em nenhuma hipótese esquecer as demais, meus mais profundos sentimentos. E é um pouco assim:

Todos amigos, ninguém nunca compreendeu, a vida ficou frágil, a dor ficou forte e a morte mostrou que manda em tudo. Francisco, o Chico, não ficou muito tempo, não esperou por ninguém, não viveu tudo, foi quase nada, e se foi. Pra ti, Mana, sempre muito querida, sempre muita saudade.. 

E NUNCA MAIS VOLTOU,
Da viagem de ida a capital, tudo de bom. Das andanças pela cidade, tudo de bom. Das despedidas de quem por lá encontraram, tudo de bom. Da viagem de retorno a Santa Maria, nada foi bom, nada restou, tudo foi terrível, tudo virou tragédia. O carro que anda não obedece a direção de quem comanda, a curva traiçoeira surpreende escondendo a reta. O obstáculo intransponível se avizinha, se antecipa a tudo, interrompe a velocidade, detém  o carro que está em movimento que carrega vidas em crescimento. Parada abrupta que interrompe a vida. Vida que viaja no interior do veículo. Veículo que rasga estradas. Estradas que percorrem caminhos, que ligam destinos, que diminuem distâncias. Nessa estrada, destinos interrompidos, distâncias infinitas, caminhos que se perdem. E um corpo imóvel, um alguém deitado, uma vida quase sem vida. No colo da maca, dependente dos outros,  transportado  para onde reside uma última esperança de seu retorno a vida, de sua volta que parece nem mais ser possível. E em um hospital, tudo foi feito para que não fosse preciso dar adeus para quem nunca mais poderia dizer olá. Para uma longa semana de tortura e sofrimento, a espera de algum milagre que fizesse acordar do que gostaríamos tivesse sido apenas um pesadelo. Acordar para continuar, levantar para reviver. Por favor, levanta Chico, por nós, abre teus olhos, por ti, continua conosco, por todos, continua entre nós. Toda a semana, nossa dor, nossa tristeza, seu corpo imóvel, seus olhos fechados, seu coração ainda batendo, seu sono finito, nossa esperança infinita, nossa alegria sumindo, seus movimentos cessando, sua vida indo embora, nossas vidas lhe seguindo, nossos corações disparando, nossas vidas ali parando. Porque nada fazem para trazê-lo de volta? Porque nada acontece para mantê-lo entre nós? Da vida não se tira quem muito ainda tem a fazer, não vai embora quem nada concluiu, quem apenas fará saudade. Naquele momento sua morte insistia em leva-lo, todos insistiam em não concordar, todos gritavam que não, somente sua morte não permitia, somente sua algoz desejava leva-lo. E após uma semana de angústia, passados sete dias intermináveis, tudo o que ainda restara abruptamente se transforma em aguda dor, tudo o que sobrara se modifica para alucinante desespero, tudo o que ainda resistira se mostra como um obstáculo maior que todos nós, se apresenta como dona de uma vida que parecia a nós pertencer, arranca sem piedade o que ninguém queria entregar. Passamos a sentir tanta saudade, começamos a viver enorme desespero. Enquanto todos desnorteados, sua mãe sofria, enquanto  todos perplexos, sua mãe também morria. Ela, Zulmira, ainda em meu pensamento surge inconformada, sofrendo, chorando. Não chora tanto Zulmira, teu choro em meu choro explode, não sofre tanto querida Zulmira, tua dor em meu desespero retumba, tua agonia em minha saudade ecoa. Sua vida não mais retornará, sua memória nunca mais nos deixará. Se apenas lembranças restaram, tantas alegrias elas terão de nos trazer. Tanto fizemos juntos em vida, tanto foi levado por sua morte que muito do vazio em meu peito, para preencher, de muita vida e força precisarei. Seguir adiante quando, pela primeira vez, a estúpida força e poder da morte, em nossa vida se apresenta e, sem pedir licença, avisa que ela manda e que vivam como se fosse o último dia, pois quando menos por ela se esperar, mais de repente ela estupidamente poderá chegar. E eu mando em mim, e cada um manda em si e ela, senhora de tudo, manda em todos. Novas vidas vieram, novos Chico surgiram, mas igual nunca mais, pelo menos em nossos pequenos corações, naquele momento, inocentes corações. Vidas que se vão, tão precoces, mutilam quem vivo permanece, a viver o abandono dessa vida que se foi. Sua risada ainda ouço, sua voz ainda fala, seu olhar ainda diz, sua vida em nossas vidas vive, todos que se foram, tudo que ficou e tudo que vivemos, para sempre amados serão, pois de cada vida que findou em todas as vidas para sempre permanecerão, nunca nos deixarão, nunca nos deixaremos. E a saudade é tamanha que muitas outras vidas precisaremos para um dia poder cada vida esquecer. Minha dor é como a de todos, maldita dor, bendita saudade, lei da vida, sempre sentida, puramente nossa dor, unicamente nossa saudade, simplesmente........ Chico.
                                                     
Jacob Chamis

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Nova reunião, discussões acirradas, embates acalorados. E assim durante toda a noite/madrugada, ficamos enfrentando o frio da noite e o calor da churrasqueira buscando soluções para um mundo cada vez mais preocupante. Nossa ata resume um pouco essa inesgotável troca desses geniais lampejos de intelectualidade. Muito satisfaz e acrescenta a todos os presentes tamanha lucidez. Poderíamos convidar Albert Einstein ou Sigmund Freud a sentar conosco que tenho total convicção que qualquer um deles levaria novidades ou contribuições para suas fantásticas obras. E assim, ansiosamente, aguardamos nossa próxima reunião para a continuação de tão apaixonantes temas. Após vários encontros nesse elevado nível, vamos reunir todos os integrantes dessa maravilhosa família de amigos e divulgar o conteúdo desses deslumbrantes cérebros dos Mosqueteiros que caçam Mosquitos, Os MMs, que somos nós ( a caça aos mosquitos foi uma contribuição da Alenise). Deus abençoe a todos, pois Os MMs desde crianças, pela lucidez e inteligência privilegiadas, foram abençoados e nomeados mensageiros da cultura e justiça. Ata em anexo.


Jacob Chamis      

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

REPÚBLICA, DEMOCRACIA E COMUNISMO

Desde mocinha o sonho da mãe dele era ter uma menina. Não podia ter filhos e por coincidência ou azar, seu sobrenome era Fonte Seca. Por seu útero seco, seu filho amado seria gerado no útero de uma cabrita. E para não ser tão vexatório, alteraram o sobrenome da família para Fonseca, pois ficava mais sonoro. Suas tias almejavam que sua mãe parisse uma menina. Seu nome seria Dora. As roupinhas cor de rosa já estavam todas prontas. A corte esperava uma menina. Não teve jeito, veio um menino. Mesmo contrariada, sua mãe tentou não se afastar do original nome e batizou seu filho de Dóro. Desde a mais tenra idade já se mostrou como uma verdadeira dama brincando sempre de bonecas, servindo o chá da tarde para as tias e adorando brincar de médico, desde que fosse paciente de algum rapaz do palácio. Durante a idade escolar, sempre se encontrava com as meninas no recreio para falar sobre coisas femininas. Sua escola se chamava Escola Dom Manoel Ribas, escola de formação para o magistério na época. Parece ser inspiração de um famoso colégio no centro do estado, cujo nome não me vem a memória neste instante. Outra escola famosa chamada Imperatriz Maria Rocha não aceitou sua matrícula. Quando crescesse daria para toda a corte, esse era seu sonho. Suas colegas sempre perguntavam: ”Já deu Dóro”. Sempre a mesma pergunta, sempre a mesma curiosidade e, pela contração nominal, com a junção das palavras, a indagação "Já, Deodoro?” determinou a definição de seu nome e, a partir daquele momento, passou a ser chamado simplesmente Deodoro. Prometeu a seus mais íntimos que não chegaria virgem aos 18 anos. Nasceu em agosto de 1827, e no ano de 1845 já era uma bicha praticante. Passou a namorar todos os “membros” da corte antes de completar 18 anos. Seu sonho era debutar no Clube do Comércio no Rio de Janeiro. Sua mãe não concordou e ele passou a se vestir com roupas cheias de paetês e badulaques em sua túnica já muito afrescalhada. Toda vez que ganhava alguma bijuteria chique pendurava em sua famosa túnica que a História do Brasil consagrou. Toda as suas roupas eram adquiridas num famoso magazine da época que se chamava Lojas Imperatriz Marisa, cujo nome atualmente não possui a graduação de Imperatriz porque está fora de moda. Suas antigas fotos mostram sua fresca indumentária porém, por exigência do Imperador, a saia foi substituída por eslaque, mais apropriado para um militar. E foi com 18 anos que pensou em ampliar seus contatos íntimos. E foi nessa data que algo inusitado ocorreu. Quando ingressou no Exército, para seguir a carreira militar, sonho de sua família, lá no Forte de Copacabana, disse que sua vontade era ter “mar e pau”. Queria apenas “mar e pau”. Como tinha a língua presa, seu pai entendeu que o sonho do recruta era ser "Mar e Chal” e a partir desta data, por influencia de seu genitor, foi criado a patente de Marechal somente para cumprir o desejo da boneca. Mas não se conformou em servir de colchão para toda a tropa, queria mais, queria servir ao seu povo, queria dar a todo o povo. E já bicha velha e quase dono do Exército Brasileiro, não aguentou e em plena praça pública, bebendo muita cachaça em um bar no centro do Rio de Janeiro, no tórrido ido mês de novembro de 1889, já com 62 anos gritou para que todos pudessem ouvir: ”Chega de dar somente na caserna. Chega de dar apenas na corte. A partir desta data meu rabo é para o povo, minha ré é pública, vou satisfazer a todos, vou tornar minha ré pública.” Alguns gaiatos malandros já muito mais bêbados e dos mais gozadores saíram espalhando aos quatro cantos da cidade: ”Deodoro proclamou sua RÉ PÚBLICA, proclamou a REPÚBLICA", repetiam em altos brados. Para os juristas de plantão, longe dali e ausentes da confusão do bar tudo soou diferente. Se aprofundaram no assunto e entenderam tudo errado. Disseram ser uma forma de governo moderna, pois deixaria de ser o poder de uma só família ou dinastia, por hereditariedade, e, finalmente, haveria alternância no governo dando oportunidade a outrem. Brindaram muito e consideraram Deodoro um visionário, um homem, ou travesti, a frente de seu tempo. Para Deodoro o desconhecimento sobre o que assunto era total. Para ele, ou ela, o que interessava era o sexo, com rapazes, e rock and roll, o resto era pura conversa de filósofo. E assim se deu a Proclamação da República. E como sempre em nosso país tudo vira putaria e sacanagem, até o regime militar foi assim, ou alguém imagina que manter a Dita Dura era fácil. Muito Viagra e disposição para ferrar o povo. Deodoro dava para todos, a ditadura ferrava a todos. Nosso atual regime também é pura sacanagem, pois o termo democracia é originaria da antiga República das Orgias, onde o correto era "Demos pra Cia", pois os americanos há muito tempo espionam as moças desse pequeno país asiático, berço da “Demopracia”. A troca para “Democracia” foi puro disfarce e ocorreu após a invasão americana que traçou as moças do lugar. Onde há Democracia os Estados Unidos da América está ferrando a população. Pior então foi o Comunismo que também iniciou pela sacanagem. E tudo começou num bar gay na Russia. E foi com o coitado do Nismo, bicha muito louca, admiradora e consumidora de vodka que servia de consolo aos camaradas bolcheviques nas frias noites de Moscou, que se deu a origem do nome desse regime. E tudo  aconteceu quando naquele bar gay, numa noite gelada de inverno alguém gritou: “Eu Como o Nismo”, e todos repetiram “eu também Comoonismo, ou seja, adotaram que no lugar todos eram do Comunismo. E se mais regimes houverem, mais comprovaremos suas origens. De tudo isto, e da profunda pesquisa de história e política mundial, declaramos que a verdade veio a tona. É por tudo isto que podemos concluir que todo o governo, desde os mais primórdios tempos, sempre estará disposto a ferrar sua humilde população. O estudo ora publicado não deixa dúvidas. Essa é a verdadeira história que nossos mestres nos esconderam e hoje, corajosamente, foi desmascarada. A verdade acima de tudo, este é o lema dos corajosos, doa no rabo de quem doer, até no do pobre Deodoro.

MAS QUE BARBARIDADE!!!!!!!!       

Jacob Chamis     

terça-feira, 12 de novembro de 2013

BOM DIA, ATENÇÃO:Das cinzas Phoenix renasce, no terceiro dia depois de sua morte Jesus ressuscita, apesar de você amanhã vai ser outro dia, tudo em nome da mudança que o amanhã provoca, que tudo processa. Da mesma forma, a verdade da “História da República”, ainda se impõe, mesmo que somente no dia seguinte, mesmo que tenhamos de aguardar um novo dia.
É amanhã que a verdade virá a tona, 
REPÚBLICA, DEMOCRACIA E COMUNISMO
Jacob Chamis