Desde mocinha o sonho da mãe dele era ter uma menina. Não podia ter filhos e por coincidência ou azar, seu sobrenome era Fonte Seca. Por seu útero seco, seu filho amado seria gerado no útero de uma cabrita. E para não ser tão vexatório, alteraram o sobrenome da família para Fonseca, pois ficava mais sonoro. Suas tias almejavam que sua mãe parisse uma menina. Seu nome seria Dora. As roupinhas cor de rosa já estavam todas prontas. A corte esperava uma menina. Não teve jeito, veio um menino. Mesmo contrariada, sua mãe tentou não se afastar do original nome e batizou seu filho de Dóro. Desde a mais tenra idade já se mostrou como uma verdadeira dama brincando sempre de bonecas, servindo o chá da tarde para as tias e adorando brincar de médico, desde que fosse paciente de algum rapaz do palácio. Durante a idade escolar, sempre se encontrava com as meninas no recreio para falar sobre coisas femininas. Sua escola se chamava Escola Dom Manoel Ribas, escola de formação para o magistério na época. Parece ser inspiração de um famoso colégio no centro do estado, cujo nome não me vem a memória neste instante. Outra escola famosa chamada Imperatriz Maria Rocha não aceitou sua matrícula. Quando crescesse daria para toda a corte, esse era seu sonho. Suas colegas sempre perguntavam: ”Já deu Dóro”. Sempre a mesma pergunta, sempre a mesma curiosidade e, pela contração nominal, com a junção das palavras, a indagação "Já, Deodoro?” determinou a definição de seu nome e, a partir daquele momento, passou a ser chamado simplesmente Deodoro. Prometeu a seus mais íntimos que não chegaria virgem aos 18 anos. Nasceu em agosto de 1827, e no ano de 1845 já era uma bicha praticante. Passou a namorar todos os “membros” da corte antes de completar 18 anos. Seu sonho era debutar no Clube do Comércio no Rio de Janeiro. Sua mãe não concordou e ele passou a se vestir com roupas cheias de paetês e badulaques em sua túnica já muito afrescalhada. Toda vez que ganhava alguma bijuteria chique pendurava em sua famosa túnica que a História do Brasil consagrou. Toda as suas roupas eram adquiridas num famoso magazine da época que se chamava Lojas Imperatriz Marisa, cujo nome atualmente não possui a graduação de Imperatriz porque está fora de moda. Suas antigas fotos mostram sua fresca indumentária porém, por exigência do Imperador, a saia foi substituída por eslaque, mais apropriado para um militar. E foi com 18 anos que pensou em ampliar seus contatos íntimos. E foi nessa data que algo inusitado ocorreu. Quando ingressou no Exército, para seguir a carreira militar, sonho de sua família, lá no Forte de Copacabana, disse que sua vontade era ter “mar e pau”. Queria apenas “mar e pau”. Como tinha a língua presa, seu pai entendeu que o sonho do recruta era ser "Mar e Chal” e a partir desta data, por influencia de seu genitor, foi criado a patente de Marechal somente para cumprir o desejo da boneca. Mas não se conformou em servir de colchão para toda a tropa, queria mais, queria servir ao seu povo, queria dar a todo o povo. E já bicha velha e quase dono do Exército Brasileiro, não aguentou e em plena praça pública, bebendo muita cachaça em um bar no centro do Rio de Janeiro, no tórrido ido mês de novembro de 1889, já com 62 anos gritou para que todos pudessem ouvir: ”Chega de dar somente na caserna. Chega de dar apenas na corte. A partir desta data meu rabo é para o povo, minha ré é pública, vou satisfazer a todos, vou tornar minha ré pública.” Alguns gaiatos malandros já muito mais bêbados e dos mais gozadores saíram espalhando aos quatro cantos da cidade: ”Deodoro proclamou sua RÉ PÚBLICA, proclamou a REPÚBLICA", repetiam em altos brados. Para os juristas de plantão, longe dali e ausentes da confusão do bar tudo soou diferente. Se aprofundaram no assunto e entenderam tudo errado. Disseram ser uma forma de governo moderna, pois deixaria de ser o poder de uma só família ou dinastia, por hereditariedade, e, finalmente, haveria alternância no governo dando oportunidade a outrem. Brindaram muito e consideraram Deodoro um visionário, um homem, ou travesti, a frente de seu tempo. Para Deodoro o desconhecimento sobre o que assunto era total. Para ele, ou ela, o que interessava era o sexo, com rapazes, e rock and roll, o resto era pura conversa de filósofo. E assim se deu a Proclamação da República. E como sempre em nosso país tudo vira putaria e sacanagem, até o regime militar foi assim, ou alguém imagina que manter a Dita Dura era fácil. Muito Viagra e disposição para ferrar o povo. Deodoro dava para todos, a ditadura ferrava a todos. Nosso atual regime também é pura sacanagem, pois o termo democracia é originaria da antiga República das Orgias, onde o correto era "Demos pra Cia", pois os americanos há muito tempo espionam as moças desse pequeno país asiático, berço da “Demopracia”. A troca para “Democracia” foi puro disfarce e ocorreu após a invasão americana que traçou as moças do lugar. Onde há Democracia os Estados Unidos da América está ferrando a população. Pior então foi o Comunismo que também iniciou pela sacanagem. E tudo começou num bar gay na Russia. E foi com o coitado do Nismo, bicha muito louca, admiradora e consumidora de vodka que servia de consolo aos camaradas bolcheviques nas frias noites de Moscou, que se deu a origem do nome desse regime. E tudo aconteceu quando naquele bar gay, numa noite gelada de inverno alguém gritou: “Eu Como o Nismo”, e todos repetiram “eu também Comoonismo, ou seja, adotaram que no lugar todos eram do Comunismo. E se mais regimes houverem, mais comprovaremos suas origens. De tudo isto, e da profunda pesquisa de história e política mundial, declaramos que a verdade veio a tona. É por tudo isto que podemos concluir que todo o governo, desde os mais primórdios tempos, sempre estará disposto a ferrar sua humilde população. O estudo ora publicado não deixa dúvidas. Essa é a verdadeira história que nossos mestres nos esconderam e hoje, corajosamente, foi desmascarada. A verdade acima de tudo, este é o lema dos corajosos, doa no rabo de quem doer, até no do pobre Deodoro.
MAS QUE BARBARIDADE!!!!!!!!
Jacob Chamis
Oi Jacob
ResponderExcluirParabéns por deixares aflorar este dom criativo. Imagino que não dever ter sido fácil fazer a pesquisa histórica e sobre ela criar estes personagens/instituições caricatos (nem sei se tanto).
Pode ser que a "revelação histórica" choque alguém, mas a "revelação do Jacob escritor" é muito bem-vinda.
Aguardamos tuas novas expressões literárias.
Já escreveste poemas?
Beijos a todos
M Helena
O velho marechal deve estar se mijando de rir na eternidade. E imaginem, tudo começou numa escola perdida nos confins do Rio Grande. Mas o surgimento do comunismo, nem ao mais ferrenho pecebista teria ocorrido: num bar gay da Russia.....
ResponderExcluirAbraço, Brutti