segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
PANELA VAZIA (a resposta)
Meus amigos e parceiros Jacob e Kimura e demais membros espontâneos do MR73, membros flutuantes da “panelinha”. Depois do e-mail do Kimura preocupado que eu pudesse estar magoado, depois do “Panela Vazia” do Jacob, tive a necessidade de escrever o que penso, pois os elogios do Jacob são maravilhosos e ao mesmo tempo me deixaram constrangido, mas passou.Mesmo que quisesse não arrumaria adjetivo melhor para estas reuniões das quintas. Passou pela cabeça de vocês que toda quinta os membros espontâneos do MR73 pensam nos membros flutuantes da “panelinha” de Porto Alegre? Ou quase todos eles? Todos aqueles que ficaram presos a este sentimento renovado no último outubro, sentimento que não diminui, sentimento que não tem cobrança (a não ser por pura e gostosa sacanagem), sentimento que não tem ciúmes. Não cabem mais ciúmes dentro de nós, nessa altura, com todos vocês, só cabe amor. Mas para muitos é difícil confessar isso, são poucos os que gostam de um beijo do amigo, demonstração de afeto e admiração, mas graças a Deus a maioria de vocês adora um abraço e um beijo carinhoso dos amigos. Nós precisamos fazer mais panelinhas, para que todos, quando estiverem em algum lugar que tenha um só membro do MR73, que eles se encontrem e demonstrem toda felicidade que moveu amigos de todas as partes, desmanchando compromissos para se encontrarem quarenta anos depois de saírem do MR. Para se abraçarem e chorarem de alegria e emoção, as quais tive a felicidade de constatar nos mais diversos grupos que se formavam. Bastava alguns minutos e o grupo já não era mais o mesmo, as pessoas já estavam em outros grupos emocionados da mesma forma, sempre com um sorriso molhado. Todos estavam integrados entre si e a panela estava quase completa. Ainda faltavam alguns que teimaram em ficar em alguma parte deste mundão, mas com certeza pensando em nós, reunidos, celebrando o amor e a amizade sem qualquer tipo de cobrança ou compromisso. Por isto Jacob, Kimura, Marcelo, Aldo, Fox e Werberich, membros fundadores da segunda panelinha(a primeira foi em outubro), é com muita alegria que recebo as mensagens, vídeos e comentários das quintas, pois também me sinto um pouquinho ai com vocês, sem ciúmes, sem cobrança, apenas feliz por ver as pessoas que amo, felizes e celebrando a vida e a amizade. Kimura, não se preocupe em fazer uma reunião em SM para aparar arestas, elas não existem. Nossa amizade é redonda, lisa, limpa e transparente. Caso contrário, não seria amizade, não duraria todo este tempo, não iria durar como vai durar para todo o sempre. Agora, que vocês sempre estarão expostos as nossas cutucadas, isto, podem ter certeza, vamos estar sempre vigilantes, cobrando esta alegria desses encontros que energizam todos nós.
Só como exemplo, poderia ser eu ou qualquer um de vocês. Todos são especiais como é o meu amigo Chico:
Fiquei muito emocionado ao ouvir dele, quando saia da cerimônia religiosa do casamento de sua filha Nicole, me olhou e disse: “tu sabes que te amo, né, Eninho?”. Estava lá ele, com sua querida Regina. Ao avistar eu, Marconi e Maria, deu um enorme sorriso e abanou para nós, em pleno altar. Só isso valeu ir a SP abraçá-los. Poderia ter abanado e sorrido para qualquer outro dos inúmeros amigos dele que estavam lá, mas não, sua mente voltou no tempo e viu os amigos que sempre estiveram no seu coração. Antes dessa cerimônia, samba da melhor qualidade do Inova Samba, pupilos da maravilhosa Chris Trevisan, conhecem? Um dos músicos é filho do também amigos de muitos de vocês Jorge Mettecy e Cândida. Postamos fotos, na ocasião, era mais uma panelinha lá em SP.
Viva MANDELA!!!!!!!! Para mim, a personalidade da minha existência.
Beijo a todos
Enio
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
PANELA VAZIA
Nota: Mesmo amando a todos, mesmo sentindo falta de todos, mesmo querendo a presença de todos, digo que somos uma panela quase vazia que espera ansiosamente estar divertindo a todos, como estamos nos divertindo, querendo que todos se sintam estimulados a sugerir, solicitar, comparecer ou simplesmente escrever qualquer coisa que sirva de combustível para nos manter unidos. E para quem, pela primeira vez nominou nossos encontros com alcunha de PANELINHA, simpático nome de um utensílio doméstico de utilidade capital em qualquer casa, trago em forma desse singelo texto sentimentos e inspirações vindos do fundo da alma, que é o lugar dessas emoções, guardadas bem juntas das melhores pessoas que moram em nosso lado esquerdo do peito.
PANELA VAZIA:
Escavar o solo para arar a terra. Plantar a semente para colher o grão. Fazer a massa para produzir o pão. Pão nosso de cada dia feito com esforço e luta por quem, nas frias madrugadas, abandona o aconchego de seu leito e enfrenta duras jornadas para, com alegria e satisfação, saciar a fome com o fruto de seu eterno trabalho. E são tantos esses anônimos heróis espalhados pelo mundo unidos pelo amor ao seu trabalho que precisaríamos alguns capítulos da Bíblia apenas para tratar de tão sagrada e antiga profissão. E são tão importantes e tão imprescindíveis que certamente seriamos muito pobres sem a existência deles. Pelo bem que a todos fazem, por produzir tão nobre alimento, faltaria espaço para de todos falar. E, em especial, apenas um exemplo que a todos personifica. E é da família do Ênio que começo a escrever. E deles seria pouco e injusto não traçar paralelos entre a importância do alimento que sempre produziram e sua dedicação as pessoas que os cercam com seus gestos e atitudes de carinho consequência de uma sólida e honrada criação. Da mesma maneira que os pães sempre se prestaram como o mais igualitário de todos os alimentos trazendo a todos a compreensão utópica da igualdade social, nosso querido Enio parece transmitir a todos o desejo que tudo fosse justo, honrado, fraterno e correto. O melhor que a vida possa trazer, essa é seu desejo a todos que com ele convivem. E é do pão, que desde a antiguidade serve de alimento aos homens, que surgiu a inspiração para embalar, pelos cantos do tempo, tão bela família, tão sólida linhagem, tão generosa estirpe. E de seus pais que com tanto esforço criaram tão amados filhos que de apenas um deles, seu querido Ênio, tomado como parâmetro, já podemos compreender a consequência desse esforço, a nobreza de toda uma vida de sacrifícios e a conquista por tantas lutas. Feito massa de pão que cresce tanto mais quanto mais apanha, a vida não começou com farturas e sobras, pois somente após muita luta e tempos de longa e árdua travessia seus pais puderam com orgulho e paz interior olhar para trás e sentir que valeu todo o sacrifício e esforço pela grande família que merecidamente criaram. E é o Enio que nos permite concluir e escrever desses sentimentos que eles transmitem. E é o Enio que tem em si a maior das qualidades, o desejo de querer bem a todos que o cercam, a vontade de distribuir seu amor a todos quantos for possível ele amar. E me incluo nesse enorme grupo de pessoas que, da forma que for possível, sente ter o privilégio de ganhar esse amor. E muito ciúmes poderia sentir das pessoas que dele recebem uma fatia muito maior desse sentimento, por se sentirem mais próximos de seu maravilhoso aconchego. E é por isso que considero que a “panelinha” citada existe realmente no sentido figurado dessa palavra e, por ser assim, poderíamos dizer que ela está quase vazia por faltar em seu interior o melhor dos molhos, o mais saboroso dos temperos, que são vocês todos e muito particularmente meu adorável Enio Krum que tão maravilhosamente reuniu todos outra vez. E nessa “panelinha” muito choro e tristeza em forma de risos e felicidade cabem todos os que a qualquer momento, em qualquer instante, der um pequeno sinal, um simples chamado e certamente essa corrente ficará cada vez mais forte e seus elos permanentemente unidos. O que nos uniu novamente nem um vendaval conseguirá separar. Que tudo de bom ilumine a vida de cada um de nós e para ti Enio um abraço do tamanho do mundo e que eu sempre seja merecedor da amizade de pessoas com tu que melhoram o mundo e fazem dele um lugar digno de se viver. Obrigado por estar entre nós.
Um grande beijo.
Jacob Chamis e panela.
Aproveito para informar a realização de outro encontro, nesta quinta-feira, entre os habitantes desta capital. Nossa vontade é aumentar sempre o número de participantes. Nossa alegria é enorme e crescerá sempre que alguém se apresentar como participante espontâneo, tal como nós somos. Hoje somos seis que se apresentam, quando convocados, para as reuniões que se tornarão sistemáticas nas quintas-feiras. Certamente nestes encontros trataremos de inventar uma maneira de agregar o maior número possível de integrantes de toda essa nossa enorme irmandade, para que nunca mais se dispersem. Nosso projeto é tornar a quinta-feira o dia do Rapirrauer Sagrado incluindo orações e bênçãos do pastor de plantão, eleito sempre na semana anterior. E para cada novo participante será realizada uma missa com seu corpo presente e encomendaremos sua alma, também presente. A extrema unção será regada a bebidas e quitutes. Caso alguém esteja pelas proximidades, por favor faça contato.
NOVOS LANÇAMENTOS:
Breve o lançamento do romance contando parte da vida no querido Gilberto Bandeira Lang. Informo que sua biografia será contada a revelia da vítima por não ter dado sinal de sua graça até o presente momento.
Já reli algumas vezes e estou arrepiado com as coisas ali descritas. As informações sigilosas foram trazidas por fontes fidedignas que exigiram sigilo absoluto. Não revelarei a fonte, apenas os fatos. Coitado do Lang, será massacrado.
Caso hajam ameaças contra minha integridade física, afirmo, data vênia, estar protegido na forma da lei. Mas por garantia, imploro asilo em alguma casa que ofereça mínima segurança para todos da minha família e se necessário, de todos os meus herdeiros também.
Serei, como sempre, corajoso, pois a verdade está acima dos interééésses, como diria Leonel.
Jacob Chamis
A TORTA DE LANG CONDENSADO
Nota: Ele não é como o ébrio da canção de Vicente Celestino, pois não voltou. Talvez ele esteja, em silêncio, acompanhando tudo. Nós adoraríamos se houvesse alguma manifestação dele, se ele dissesse alguma coisa, ou pelo menos um simples olá, e isso já nos bastaria. Independentemente, ele é um grande sujeito que, por onde passou, a todos sempre cativou, a todos muito encantou, e comigo não foi diferente. E agora trago um pouco disso para que todos compartilhem nossas aventuras, bem como as "doces" histórias vividas com Célia, a mãe dele. Mas foi como guardião da meta do Modess Pétala Macia Football Club que ele conquistou grande destaque.
A TORTA DE LANG CONDENSADO
Sua querida mãe se chama Célia, seu amado pai, Arthur. É o terceiro filho desse adorável casal e atende pelo nome de Gilberto Bandeira Lang, ou simplesmente Lang. Menino muito levado, desde seu nascimento muito trabalho deu a seus queridos pais. Morava, quando criança, na Rua Professor Braga, próximo a Casa do Estudante e junto a boate do DCE. Uma grande vantagem, como ele mesmo dizia, pois quando criarem a Lei Seca, nem precisarei ir de carro para casa e posso beber a vontade. Muito sapeca vivia correndo pelas ruas próximas e pulando muros dos pátios dos vizinhos. Todos diziam que ele de tanto saltar certamente iria atravessar fases da vida num só pulo, pois nunca sossegava. E isto realmente ocorreu, pois o 5º ano primário ele nem conheceu e já entrou direto para o ginásio no querido Colégio Maria Rocha. E foi no primeiro dia de aula, acompanhado de sua doce mãe Célia, muito recomendado aos professores, que apareceu aquele gordinho, com cara de criança, apressado e pulando várias cadeiras para ir direto para o fundo da aula, melhor lugar para pular pela janela sem ser visto, dizia ele. Muito me encantou aquela simpática figura. E uma grande amizade ali estava nascendo.
Como eu era um ano mais velho, ele sempre falou que seu sonho era ter amigos grandes para se sentir mais seguro no meio dos futuros adultos que já enxergavam mais longe que ele. E por isso vivia grudado em mim. Onde eu ia ele pedia para ir junto. Não gostava nem de jogar bola, mas como eu, Fox, Kimura e o Badeco formamos um time, ele, um perna de pau, implorou para jogar, nem que fosse como gandula. Ficamos com muita pena, inclusive trouxe um bilhetinho de sua adorável mãe, explicando que caso ele não fosse aceito estava disposto a cortar os próprios pulsos. Essa ameaça assustou e, não teve jeito, colocamos ele no time. No primeiro jogo, nosso adorável goleiro, que nemguides tinha, chegou calçando uma sapatilha encarnada brilhante que roubou de sua irmã. Foi um sucesso, pois os atacantes do time adversário sempre que se aproximavam de nossa área erravam o chute ofuscados por aquele calçado espalhafatoso e ridículo que brilhava intensamente com a luz do sol. Foi nosso primeiro jogo e uma grande vitória, graças a indumentária de nosso glorioso guarda metas. No próximo jogo, que seria uma verdadeira pedreira, ele nem se fez de rogado e apareceu com um cuecão rosa pink avermelhado tipo laycra com strech e lastex, colado ao corpo, parecendo dois troncos de árvores em chamas que chegavam a cegar quem olhasse por muito tempo. Novo estrondoso sucesso e nosso time já era um dos melhores da zona com uma defesa muito pouco vazada. Mas tudo tem um fim e no próximo jogo, por pensar que já era um grande goleiro, nosso novo herói foi fardado com meias três quartos, camiseta acolchoada, calção de bolinhas até a patela e tênis salto alto para aumentar a estatura e pegar bolas dirigidas para "onde a coruja sesteia" dizia ele. É onde a coruja dorme corrigimos. Como é jogo a tarde, a coruja sesteia e pronto respondeu ele. Mas foi um fracasso, pois sem o cuecão e a sapatilha os adversários não erraram nenhum gol e perdemos de 29 a 16. Tristeza total, frustração completa, desilusão definitiva. Caímos na real e passamos a adotar tática kamikase, ou seja, para ganhar teríamos que fazer mais gols que nosso goleiro levasse. E foi um show de gols e os escores nunca mais baixaram de 15 gols. Pena que era sempre contra nós. Mas era nosso amado goleiro e ninguém aceitava que ele fosse substituído. Quando ele ficava doente e o jogo era importante levávamos a cama e ele atacava deitado, mas sem ele não jogávamos. Sem o Lang era preferível a morte, ou WO que é o termo mais adequado. Minha convivência era muito intensa também com sua querida mãe Célia. As vezes ele nem estava em casa e nós dois, eu e a Célia passávamos a tarde trocando receitas de bolo, falando sobre novos pontos de tricô ou sobre a rebeldia do Lang que a preocupava muito. Ela muito insistia para que ele seguisse bons exemplos, e na opinião dela era em mim que o Lang tinha que se espelhar. E sua felicidade era completa quando eu dizia que tudo faria para mantê-lo no bom caminho. Certa ocasião ela receberia amigas para um chá no final da tarde e estava aflita por não saber como recepciona-las e o que oferecer. Mandou me chamar para trocarmos ideias. Sugeri chá com torradas, frutas leves da estação e uma torta que eu mesmo faria. Ela pulou no meu pescoço e cheia de alegria disse: " Meu Deus esse menino vale mais que todos os meus filhos juntos e os de todas as vizinhas." O Lang morria de ciúmes de tanta adoração. Inclusive me proibiu de ver a mãe dele, o que não adiantou pois ela sempre me chamava. Mas e a torta? Vamos a ela. Organizei a lista dos ingredientes, tais como leite condensado, pão de ló redondo tipo pré torta, morangos, ovos para o merengue e disse: " Lang pega dinheiro com o teu pai Arthur e vai correndo ao supermercado comprar o que está na lista" Pra reforçar Célia gritou: "E vai num pé só, não demora, seu molóide", pois estava muito nervosa e aflita porque as amigas viriam nesse mesmo dia. O Lang saiu soltando fogo pelas ventas. E muito querido que sou, fiquei com a mãe dele ensinando a receita: " Primeiro passar leite com açúcar para amolecer a massa, rechear com a mistura do leite condensado em forma de brigadeiro mole, montar a torta com o pão de ló fatiado e cobrir com merengues enfeitados com os morangos displicentemente soltos sobre a generosa camada de clara em neve". Notei lágrimas derramadas de seus olhos a umedecer seu meigo rosto. Essa cena ficou gravada em minha retina. E o sucesso foi tão grande que a noite ela confidenciou em seu leito nupcial com o querido marido Arthur: " Meu sonho era um filho como o Jacob, pois é um lindo menino e nosso filho Beto (o Lang) tem muito que aprender com ele". Naquela tarde com as amigas que muito elogiaram a torta, ela, minha querida amiga Célia, disse a todas, cheia de felicidade e orgulho, que o autor da façanha era um colega de seu filho, um amor de criatura, conforme seu carinhoso comentário. Segundo a Célia muitas queriam que eu fizesse tortas e fornecesse para eventos sociais. Para retribuir pela eterna gratidão, Célia sugeriu ensinar ponto arroz duplo para tricotarmos juntos nas frias tardes de inverno em Santa Maria. Adorei a ideia e até hoje sinto saudades daquelas tardes chuvosas, dos nossos saraus onde, no meio das senhoras, eu me sentia muito a vontade e ficava sabendo das novidades e fofocas mais recentes. Mas seu filho Lang, hoje um médico radiologista famoso na capital, está sumido e não comparece em nenhum evento. Muito trabalho e dedicação aos projetos por ele desenvolvidos. Conforme registro em anexo, hoje um desses projetos é criar ovelhas próprias para fornecimento de lã, carne de corte e também como garotas rurais de programa,tipo sexo casual, para melhorar a renda na entre safra, diz ele. Mas sua especialidade médica é consequência de sua paixão por música, na puberdade. "Quando crescer vou fazer algo que envolva medicina e rock pauleira juntos, ele dizia, que sonhava ser médico especializado em algo que tivesse a ver com a música. Vou ser médico radiologista para ficar ouvindo um som durante as consultas falava sempre, pois acreditava que radiologia tinha a ver com radio e reumatologia com embarcações a remo. Hoje adulto está arrependido pois compreendeu que esta especialidade nada tem a ver com rádio, mas como é um grande apaixonado por paródias musicais mandou instalar uma enormeeletrola estereofônica nas dependências do Hospital Conceição onde ele também trabalha. A música cura todos os males e então curará os enfermos por nós, comenta com os colegas, ouvindo o último sucesso do Jerri Adrianiem vinil que ele encontrou no Brique da Redenção. Belo rapaz, adorável colega, grande amigo e filho querido, um pouco ciumento, mas muito companheiro e dependente de sua mãe, pois sempre dormia nos pés da cama do casal, por ter medo de trovoadas, chuva, raios ou uma simples garoa. Espero que ele apareça Um cara assim faz muita falta.
MAS QUE BARBARIDADE!!!!!!!!!!
Imagens inéditas da gravação do fabuloso clip que encantou e conquistou crianças dos 8 aos 80 anos.
Breve novos clipes.
Breve uma história sobre a convivência com encantadora criança que cativou todos que dela se aproximaram.
Seu nome é Eduardo, seu pai é Marcelo Cóser e seu amigo é este que vos escreve.
Jacob Chamis
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Nota: todos perderam, todos sofreram, todos sofreremos sempre e ninguém jamais poderá desistir. Por todas as perdas, personificadas em uma só, sem nunca, em nenhuma hipótese esquecer as demais, meus mais profundos sentimentos. E é um pouco assim:
Todos amigos, ninguém nunca compreendeu, a vida ficou frágil, a dor ficou forte e a morte mostrou que manda em tudo. Francisco, o Chico, não ficou muito tempo, não esperou por ninguém, não viveu tudo, foi quase nada, e se foi. Pra ti, Mana, sempre muito querida, sempre muita saudade..
E NUNCA MAIS VOLTOU,
Da viagem de ida a capital, tudo de bom. Das andanças pela cidade, tudo de bom. Das despedidas de quem por lá encontraram, tudo de bom. Da viagem de retorno a Santa Maria, nada foi bom, nada restou, tudo foi terrível, tudo virou tragédia. O carro que anda não obedece a direção de quem comanda, a curva traiçoeira surpreende escondendo a reta. O obstáculo intransponível se avizinha, se antecipa a tudo, interrompe a velocidade, detém o carro que está em movimento que carrega vidas em crescimento. Parada abrupta que interrompe a vida. Vida que viaja no interior do veículo. Veículo que rasga estradas. Estradas que percorrem caminhos, que ligam destinos, que diminuem distâncias. Nessa estrada, destinos interrompidos, distâncias infinitas, caminhos que se perdem. E um corpo imóvel, um alguém deitado, uma vida quase sem vida. No colo da maca, dependente dos outros, transportado para onde reside uma última esperança de seu retorno a vida, de sua volta que parece nem mais ser possível. E em um hospital, tudo foi feito para que não fosse preciso dar adeus para quem nunca mais poderia dizer olá. Para uma longa semana de tortura e sofrimento, a espera de algum milagre que fizesse acordar do que gostaríamos tivesse sido apenas um pesadelo. Acordar para continuar, levantar para reviver. Por favor, levanta Chico, por nós, abre teus olhos, por ti, continua conosco, por todos, continua entre nós. Toda a semana, nossa dor, nossa tristeza, seu corpo imóvel, seus olhos fechados, seu coração ainda batendo, seu sono finito, nossa esperança infinita, nossa alegria sumindo, seus movimentos cessando, sua vida indo embora, nossas vidas lhe seguindo, nossos corações disparando, nossas vidas ali parando. Porque nada fazem para trazê-lo de volta? Porque nada acontece para mantê-lo entre nós? Da vida não se tira quem muito ainda tem a fazer, não vai embora quem nada concluiu, quem apenas fará saudade. Naquele momento sua morte insistia em leva-lo, todos insistiam em não concordar, todos gritavam que não, somente sua morte não permitia, somente sua algoz desejava leva-lo. E após uma semana de angústia, passados sete dias intermináveis, tudo o que ainda restara abruptamente se transforma em aguda dor, tudo o que sobrara se modifica para alucinante desespero, tudo o que ainda resistira se mostra como um obstáculo maior que todos nós, se apresenta como dona de uma vida que parecia a nós pertencer, arranca sem piedade o que ninguém queria entregar. Passamos a sentir tanta saudade, começamos a viver enorme desespero. Enquanto todos desnorteados, sua mãe sofria, enquanto todos perplexos, sua mãe também morria. Ela, Zulmira, ainda em meu pensamento surge inconformada, sofrendo, chorando. Não chora tanto Zulmira, teu choro em meu choro explode, não sofre tanto querida Zulmira, tua dor em meu desespero retumba, tua agonia em minha saudade ecoa. Sua vida não mais retornará, sua memória nunca mais nos deixará. Se apenas lembranças restaram, tantas alegrias elas terão de nos trazer. Tanto fizemos juntos em vida, tanto foi levado por sua morte que muito do vazio em meu peito, para preencher, de muita vida e força precisarei. Seguir adiante quando, pela primeira vez, a estúpida força e poder da morte, em nossa vida se apresenta e, sem pedir licença, avisa que ela manda e que vivam como se fosse o último dia, pois quando menos por ela se esperar, mais de repente ela estupidamente poderá chegar. E eu mando em mim, e cada um manda em si e ela, senhora de tudo, manda em todos. Novas vidas vieram, novos Chico surgiram, mas igual nunca mais, pelo menos em nossos pequenos corações, naquele momento, inocentes corações. Vidas que se vão, tão precoces, mutilam quem vivo permanece, a viver o abandono dessa vida que se foi. Sua risada ainda ouço, sua voz ainda fala, seu olhar ainda diz, sua vida em nossas vidas vive, todos que se foram, tudo que ficou e tudo que vivemos, para sempre amados serão, pois de cada vida que findou em todas as vidas para sempre permanecerão, nunca nos deixarão, nunca nos deixaremos. E a saudade é tamanha que muitas outras vidas precisaremos para um dia poder cada vida esquecer. Minha dor é como a de todos, maldita dor, bendita saudade, lei da vida, sempre sentida, puramente nossa dor, unicamente nossa saudade, simplesmente........ Chico.
Jacob Chamis
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Nova
reunião, discussões acirradas, embates acalorados. E assim durante toda a
noite/madrugada, ficamos enfrentando o frio da noite e o calor da churrasqueira
buscando soluções para um mundo cada vez mais preocupante. Nossa ata resume um
pouco essa inesgotável troca desses geniais lampejos de intelectualidade. Muito
satisfaz e acrescenta a todos os presentes tamanha lucidez. Poderíamos convidar
Albert Einstein ou Sigmund Freud a sentar conosco que tenho total convicção que
qualquer um deles levaria novidades ou contribuições para suas fantásticas
obras. E assim, ansiosamente, aguardamos nossa próxima reunião para a
continuação de tão apaixonantes temas. Após vários encontros nesse elevado
nível, vamos reunir todos os integrantes dessa maravilhosa família de amigos e
divulgar o conteúdo desses deslumbrantes cérebros dos Mosqueteiros que caçam
Mosquitos, Os MMs, que somos nós ( a caça aos mosquitos foi uma
contribuição da Alenise). Deus abençoe a todos, pois Os MMs desde
crianças, pela lucidez e inteligência privilegiadas, foram abençoados e
nomeados mensageiros da cultura e justiça. Ata em anexo.
Jacob
Chamis
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
REPÚBLICA, DEMOCRACIA E COMUNISMO
Desde mocinha o sonho da mãe dele era ter uma menina. Não podia ter filhos e por coincidência ou azar, seu sobrenome era Fonte Seca. Por seu útero seco, seu filho amado seria gerado no útero de uma cabrita. E para não ser tão vexatório, alteraram o sobrenome da família para Fonseca, pois ficava mais sonoro. Suas tias almejavam que sua mãe parisse uma menina. Seu nome seria Dora. As roupinhas cor de rosa já estavam todas prontas. A corte esperava uma menina. Não teve jeito, veio um menino. Mesmo contrariada, sua mãe tentou não se afastar do original nome e batizou seu filho de Dóro. Desde a mais tenra idade já se mostrou como uma verdadeira dama brincando sempre de bonecas, servindo o chá da tarde para as tias e adorando brincar de médico, desde que fosse paciente de algum rapaz do palácio. Durante a idade escolar, sempre se encontrava com as meninas no recreio para falar sobre coisas femininas. Sua escola se chamava Escola Dom Manoel Ribas, escola de formação para o magistério na época. Parece ser inspiração de um famoso colégio no centro do estado, cujo nome não me vem a memória neste instante. Outra escola famosa chamada Imperatriz Maria Rocha não aceitou sua matrícula. Quando crescesse daria para toda a corte, esse era seu sonho. Suas colegas sempre perguntavam: ”Já deu Dóro”. Sempre a mesma pergunta, sempre a mesma curiosidade e, pela contração nominal, com a junção das palavras, a indagação "Já, Deodoro?” determinou a definição de seu nome e, a partir daquele momento, passou a ser chamado simplesmente Deodoro. Prometeu a seus mais íntimos que não chegaria virgem aos 18 anos. Nasceu em agosto de 1827, e no ano de 1845 já era uma bicha praticante. Passou a namorar todos os “membros” da corte antes de completar 18 anos. Seu sonho era debutar no Clube do Comércio no Rio de Janeiro. Sua mãe não concordou e ele passou a se vestir com roupas cheias de paetês e badulaques em sua túnica já muito afrescalhada. Toda vez que ganhava alguma bijuteria chique pendurava em sua famosa túnica que a História do Brasil consagrou. Toda as suas roupas eram adquiridas num famoso magazine da época que se chamava Lojas Imperatriz Marisa, cujo nome atualmente não possui a graduação de Imperatriz porque está fora de moda. Suas antigas fotos mostram sua fresca indumentária porém, por exigência do Imperador, a saia foi substituída por eslaque, mais apropriado para um militar. E foi com 18 anos que pensou em ampliar seus contatos íntimos. E foi nessa data que algo inusitado ocorreu. Quando ingressou no Exército, para seguir a carreira militar, sonho de sua família, lá no Forte de Copacabana, disse que sua vontade era ter “mar e pau”. Queria apenas “mar e pau”. Como tinha a língua presa, seu pai entendeu que o sonho do recruta era ser "Mar e Chal” e a partir desta data, por influencia de seu genitor, foi criado a patente de Marechal somente para cumprir o desejo da boneca. Mas não se conformou em servir de colchão para toda a tropa, queria mais, queria servir ao seu povo, queria dar a todo o povo. E já bicha velha e quase dono do Exército Brasileiro, não aguentou e em plena praça pública, bebendo muita cachaça em um bar no centro do Rio de Janeiro, no tórrido ido mês de novembro de 1889, já com 62 anos gritou para que todos pudessem ouvir: ”Chega de dar somente na caserna. Chega de dar apenas na corte. A partir desta data meu rabo é para o povo, minha ré é pública, vou satisfazer a todos, vou tornar minha ré pública.” Alguns gaiatos malandros já muito mais bêbados e dos mais gozadores saíram espalhando aos quatro cantos da cidade: ”Deodoro proclamou sua RÉ PÚBLICA, proclamou a REPÚBLICA", repetiam em altos brados. Para os juristas de plantão, longe dali e ausentes da confusão do bar tudo soou diferente. Se aprofundaram no assunto e entenderam tudo errado. Disseram ser uma forma de governo moderna, pois deixaria de ser o poder de uma só família ou dinastia, por hereditariedade, e, finalmente, haveria alternância no governo dando oportunidade a outrem. Brindaram muito e consideraram Deodoro um visionário, um homem, ou travesti, a frente de seu tempo. Para Deodoro o desconhecimento sobre o que assunto era total. Para ele, ou ela, o que interessava era o sexo, com rapazes, e rock and roll, o resto era pura conversa de filósofo. E assim se deu a Proclamação da República. E como sempre em nosso país tudo vira putaria e sacanagem, até o regime militar foi assim, ou alguém imagina que manter a Dita Dura era fácil. Muito Viagra e disposição para ferrar o povo. Deodoro dava para todos, a ditadura ferrava a todos. Nosso atual regime também é pura sacanagem, pois o termo democracia é originaria da antiga República das Orgias, onde o correto era "Demos pra Cia", pois os americanos há muito tempo espionam as moças desse pequeno país asiático, berço da “Demopracia”. A troca para “Democracia” foi puro disfarce e ocorreu após a invasão americana que traçou as moças do lugar. Onde há Democracia os Estados Unidos da América está ferrando a população. Pior então foi o Comunismo que também iniciou pela sacanagem. E tudo começou num bar gay na Russia. E foi com o coitado do Nismo, bicha muito louca, admiradora e consumidora de vodka que servia de consolo aos camaradas bolcheviques nas frias noites de Moscou, que se deu a origem do nome desse regime. E tudo aconteceu quando naquele bar gay, numa noite gelada de inverno alguém gritou: “Eu Como o Nismo”, e todos repetiram “eu também Comoonismo, ou seja, adotaram que no lugar todos eram do Comunismo. E se mais regimes houverem, mais comprovaremos suas origens. De tudo isto, e da profunda pesquisa de história e política mundial, declaramos que a verdade veio a tona. É por tudo isto que podemos concluir que todo o governo, desde os mais primórdios tempos, sempre estará disposto a ferrar sua humilde população. O estudo ora publicado não deixa dúvidas. Essa é a verdadeira história que nossos mestres nos esconderam e hoje, corajosamente, foi desmascarada. A verdade acima de tudo, este é o lema dos corajosos, doa no rabo de quem doer, até no do pobre Deodoro.
MAS QUE BARBARIDADE!!!!!!!!
Jacob Chamis
terça-feira, 12 de novembro de 2013
BOM DIA, ATENÇÃO:Das cinzas Phoenix renasce, no terceiro dia depois de sua morte Jesus ressuscita, apesar de você amanhã vai ser outro dia, tudo em nome da mudança que o amanhã provoca, que tudo processa. Da mesma forma, a verdade da “História da República”, ainda se impõe, mesmo que somente no dia seguinte, mesmo que tenhamos de aguardar um novo dia.
É amanhã que a verdade virá a tona,
REPÚBLICA, DEMOCRACIA E COMUNISMO
É amanhã que a verdade virá a tona,
REPÚBLICA, DEMOCRACIA E COMUNISMO
Jacob Chamis
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
MORTE E VIDA
Nota:
É essa
chuva que não para. É essa febre que não passa. É a vida saindo por todos os
poros, e a morte que a tudo assiste. Sempre foi assim, onde existe vida a morte
ronda, quando a morte vem, nova vida surge, o tempo todo, para sempre e, por
necessidade. Pinçar cada frase, engolir cada palavra e do entendimento o texto
nascerá, a incompreensão morrerá. Somente semente, vida, apenas.
MORTE
E VIDA
Todo o dia novo dia começa. Toda noite esse novo dia termina.
Tudo que acaba é um novo que velho se foi e nunca mais retornará. É menos dia
de cada vida. Tudo passa. Tudo se vai. Nada é eterno. Nada fica. Tudo é
efêmero. Toda a vida é passagem. Ninguém é nada se não viver. Nada fica se não
há luta. Somos consequência de nossas atitudes. Atitudes nem sempre seguem
convicções. Pagamos o preço de nossas incoerências. Seguimos dependente de
nossas lutas. Lutamos contra nós, aliados as nossas fraquezas. Morremos
tentando ser coerente vivendo a luta de cada convicção. Somos a coerência das
incoerências. Somos nosso próprio poço com dúvidas até o pescoço. Vivemos nossa
luta para tudo descobrir. Nada veremos se nada enxergar. Um dia nossa morte
chegará. Nossa eternidade enfim chegará. A vida breve a morte eterna
traz, e para a morte breve, se nos preparamos, nossa vida levamos eterna. Do
contrário devemos desistir. Do contrário não devemos resistir. Somente a busca
algum sentido traz, apenas a procura alguma lógica possui. Sempre intensamente
viver, somente serenamente morrer. E quando ela, nossa morte chegar, que
nos encontre pleno, que nos leve pronto, que nos veja todo, que nos faça sono,
que nos mostre a hora de não mais existir e por não restar nenhuma outra
alternativa que, por completo, nos leve, enfim. Que no exato momento de nada
mais acrescentar, nada mais somar e nada mais sonhar, tudo dela iremos almejar.
Nossa ida é nosso futuro. Nossa viagem só de ida será. Nossa morte é nosso
destino. Se tudo fizermos, nesta vida, então estaremos prontos, estaremos
vivos, para morrer. Antes disso, muito a fazer, muito a viver. Nossa passagem
pela vida deverá ser intensa como se durasse toda eternidade, esperando a morte
que será então breve, pois irá assim parecer. Entender a morte é ser eterno, se
prender a vida é ser breve. De nada vale vida que apenas passa, de tudo vale se
por ela todos intensamente passarem. Se por ela tudo passamos, por nós ela não
passa, então existimos, não apenas assistimos. Viver é não temer morrer.
Crescer é não permitir morrer. Lutar é não querer morrer. Amar é se deixar
morrer. E de tudo, só amar importa. E em tudo temos a morte. E da vida seguimos
nosso norte. E sempre em direção a morte. Da morte, renovação. Da vida, envelhecer.
Tudo tem sua própria hora e tudo tem de ser agora. Nosso momento é agora. Tudo
fazer agora, tudo morrer na sua hora. Somos o que de nós esperamos. Seremos o
que de nós desejarmos. E cada qual que sinta por si. E, então, assim será,
assim serei.
Nas minhas viagens, por pura emoção, em busca de mim mesmo, ao
encontro do fundo de meu ser, como a navegar em um rio caudaloso, fico a mirar
sua curvas em sua disparada corrida em direção ao seu fim, em busca de seu mar,
a me perguntar se sua intensidade tem a ver com vidas que de seu leito eclodem
e se suas mortes mantém o que de mais vivo ele encerra. Será sua vida
dependente de todas as suas mortes? Tudo de tudo se faz sem que por nenhum
segundo vida e morte simultaneamente deixem de acontecer. Sempre que ambas
estiverem ocorrendo o equilíbrio natural, absolutamente, estará prevalecendo,
se tornará salvo, se manterá vivo, pois de nada vale a vida senão seguida pela
morte que assim abrirá caminho para nova vida. Para que uma encontre a outra
sempre serão necessárias todas as contrariedades em tudo, pois também no
contrário se acha novamente o equilíbrio. Hoje será meu dia de morrer. Por esse
dia tanto esperei, pois é dele que, de tudo, amanhã renascerei e apenas assim,
por sempre ser assim, para minha vida muito ainda acrescentarei, para no futuro
com muita paz ei de, finalmente, poder morrer. Que se viva a vida, apenas,
profundamente, unicamente, com toda intensidade, do contrário, pode ser
tarde.....simplesmente, tarde;
Jacob Chamis
Por favor, permitam,
E essa chuva que não para. E essa febre que não passa. Por tudo isto e por apenas isso, algo em mim me faz diferente e vejo a loucura chegar e sinto algo que me impulsiona para dentro, para junto de minhas alucinações. Assim, apenas para compartilhar e, desde já, pedindo paciência por meus caprichos, por minhas divagações, vou apresentar hoje, MORTE E VIDA, para ler e mastigar cada frase como se estivessem soltas, como se fossem únicas e o entendimento se dará melhor. Vou me permitir isso.
Jacob Chamis
sábado, 9 de novembro de 2013
PLANTÃO – EXTRA – FURO DE REPORTAGEM
A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Verdadeira bomba. Mistério sobre essa passagem de nossa história
guardada e escondida de todos durante muito tempo.
Somente um trabalho de pesquisa poderia desvendar tamanho
mistério.
Também descoberto a origem do Comunismo e Democracia.
No momento da passagem da Proclamação da República, um presente
para os curiosos e atentos ex alunos do Maria Rocha.
Essa é a aula que faltou em nosso currículo escolar.
Jacob Chamis
PS: O autor está muito nervoso e totalmente estarrecido. O medo
da censura é grande. Pede-se segredo absoluto. Até a data da publicação é um
mistério. Que Jesus proteja a verdade, e Moisés também, e também Alá, e todos
os Ourixás. Juntos eles tudo podem. Mas o medo em publicar a verdade continua.
Se eu sobreviver após a publicação, será lucro.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
JACÓB – JACOBS - JABS (o Steve já esteve).
Muito bem de novo. Coitado do guri o nosso Wando Assisense. Outro dia estive em Assis a trabalho, ou seja, forçado, e pude constatar algumas mudanças, algumas até futuristas como a estação rodoviária que mais parecer um OVNI. Aliás, São Chico só tem duas estações – a do verão e a da rodoviária. Mas passo a relatar as impressões desta viagem. Primeiro, quando ainda estava na grande São Chico, vislumbrei um pórtico bonito moderno, ainda em fase de acabamento – obras paradas logo penso em aditivos...- BARBARIDADE NÃO JOBS! Puxa, logo imaginei, esta cidade promete. Em seguida, quando procurava o centro da cidade deparei com o rio Inhacundá, ou seja, já tinha passado pela cidade. Puxa, pensei, vou aproveitar para visitar a bucólica praia. Devo esclarecimentos: minha família – menos eu – morou na cidade por dois breves períodos, o suficiente para nascerem dois irmãos e a adoção de outro mano, os quais contaram, acho que com algum entusiasmo bairrista, o pouco que sei deste rincão. Mas que praia que nada, só mato e pouca água, nada de ninfas e sereias, que decepção, meu sonho foi para as cucuias – estes meus irmãos, hem! Só restou voltar, pois estava procurando o centro – a igreja, a casa onde meus pais moraram, o hotel da família Uberti, da moradia da família Pinto (professora de matemática Marly) etc. Pois foi quando tive uma amostra da pujante organização dos trabalhadores desta cidade. Não é que passei na frente do sindicato dos municipários localizada em sua sede própria, casa digna representativa da arquitetura ART DECÓ. Puxa com uma sede desta o sindicato deve ser forte. O prefeito não deve ter vida fácil, pois ali estava escrito “o sindicato é a tua voz” TE FRESQUEIA GURI. Há! o sindicato atende pela sigla de SIMUSFA. Finalmente cheguei à praça principal. Junta a esta está o museu municipal Cônego Hugo. Além de observar objetos da família, sim tudo lá é família, Vargas e Pereira e dos utensílios indígenas – da Amazônia - encontrei uma prima do nosso Fox. Jabs não será aquela do baile de debutante? Lamentavelmente a emoção ou o susto não me deixou guardar o nome da prima. Passado o susto adentrei na praça propriamente dita. Depois de andar muito – a praça é grande, mesmo considerando o tamanho da cidade – depois de ter visto o monumento ao acidente que vitimou o Senador Rubem Berta – desta vez sem família – sentei em um dos seus bancos, debaixo de uma sombra maravilhosa. Um paraíso, quando um vendedor ofereceu um cacho de banana e rapidamente ensinou-me a alimentar os bugios - basta erguer a mão que eles vêm comer, não precisa ter medo. PUTZ GRILA, isto é São Chico da Querência do Bugio. Quando consegui despachar o vendedor, que saiu envergonhado, pois os bugios não apareceram. Acho que estavam em campanha de vacinação contra a febre dos homens, a manhã já tinha se esvaído, já era meio dia. Mal tinha dado conta da situação quando os sinos da Matriz começaram a replicar. E que som meus amigos: hinos religiosos, aleluias, bugios, mpb e outros sons afins. A esta altura já estava procurando abrigo contra bateria anti-aérea – vamos que inventem de tocar a abertura de 1822, a cavalgada das valquírias, sabe como são os gaúchos destas bandas. Foi nesta procura que me levou a encontrar a matriz. Numa rápida vistoria nada de sino, a cavalaria ligeira já estava atrás de mim pensei totalmente apavorado. Foi quando uma visão reveladora aconteceu – a matriz não tinha sino e sim um alto falante, mas bota alto nisto, no mínimo da segunda guerra. Mas mesmo assim, não tinha outro jeito, me refugiei no interior da igreja. Foi a revelação final – me deparei com um gravador, destes tipo cassete. Que padre preguiçoso – o Fox enquanto coroinha jamais teve preguiça em segurar e bater o badalo. O mistério estava esclarecido. No entanto não me dei por satisfeito, pois além desta peculiaridade a matriz tinha sofrido alguns reparos modernizantes, isto quer dizer, a antiga foi totalmente destruída e a nova, bem a nova é a cara de quem criou este estupendo concerto de badalo e martelo. ESPLENDIDO. Certo de minhas obrigações arquitetônicas procurei o prefeito para discorrer do meu desacordo sinfônico. Já falando com a secretária, a qual me lembrou da secretária eclética do Analista de Bagé – mais dava do que recebia informações – tive um pressentimento horrível. Puxa que cidadezinha para sacanear a gente, outra não existe. Pensei! E se o prefeito for do tipo gaúcho invocado, criador de gado zebu, como é que fico? Se entrar atirando feito loco com uma garrucha? Morro rápido, sem dor, pronto. Mas se ele vier com um três listas e eu sem nenhuma faca de mesa? Vou ter que pelear, aquele sangue todo, cabeça decepada, morte lenta, dolorida. Estava neste devaneio quando entrei na sala do prefeito e [..]
Puxa Eugênio, não se faz mais prefeito como antigamente, nem em São Francisco de Assis.
Resumindo, fui almoçar com a simpática, atenciosa e delicada companhia do Sr. Prefeito. Uma churrascaria, sim só podia ser churrascaria e era a única, comandada por uma família, acho que nestas alturas já era outra família, não tenho certeza. Nada como uma picanha gorda ao ponto, saboreada nos rincões do nosso Rio Grande, e como sobremesa frutas.
Enfim uma coisa boa de tua terra, viu Fox !
Inté a todos e muitos beijos
Nabor
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
EU GÊNIO?
Desde sua mais tenra idade já chorava implorando para morar com seus queridos tios Alfa e Valmir. Além de muito queridos o fascínio pela cidade grande sempre mexia com seus quatro neurônios de seu cérebro, um excesso no lugar de onde ele vinha. Era considerado quase um gênio pois o normal, naquela cidade, era no máximo dois neurônios. Ele possuía o dobro. Muito orgulho para seus amigos e familiares. Já com doze anos sabia somar até oito sem contar nos dedos. Verdadeira maravilha. Cidade abençoada por ter esse grande talentoso filho. Por sua grande capacidade intelectual, na opinião de seus conterrâneos, deveria buscar o aprimoramento longe dali e um dia retornar para, com sua capacidade e desenvolvimento multiplicado, liderar e auxiliar o crescimento da cidade. Várias reuniões e a decisão foi tomada. Iria para Santa Maria e de lá somente voltaria quando se tornasse realmente um grande gênio. Parece que para decepção geral nunca mais retornou ao lugar, jamais virou nada. Pobre cidade, pobres coitados, tanta esperança, enorme fé e tamanha frustração.
Mas vamos a sua história:
Em uma manhã chuvosa o lindo
menino foi levado em carro aberto, mesmo com chuva, e que diziam ser o choro
dos céus, a despedir-se de todos os seus queridos conterrâneos, até a estação
rodoviária onde embarcaria de mudança para Santa Maria. Viagem longa, pois nem
asfalto havia por aquelas bandas, e triste, pois sabia que seus dias de gênio
haviam terminado. Durante a viagem recordações de seus dias de criança correndo
pelas ruas e calçadas empoeiradas, quando em dia de sol, e embarradas nos dias
de chuva, na sua querida cidade que tanto carinho por ele, todos muito nutriam.
Contam que nasceu em uma manjedoura, próxima saída para o Alegrete, e em
seu primeiro dia de vida uma estrela guia orientava todos ao exato local de seu
nascimento. Parece já ter ocorrido tal aviso em outra manjedoura, a uns dois
mil anos atrás, mas nem se compara a repercussão desse atual acontecimento.
Diziam a boca pequena que na manjedoura antiga nasceu outro messias que iniciou
uma grande obra e que foi crucificado ainda jovem. Esse seria um gênio e
completaria a obra inacabada. Seu nome não poderia ser mais adequado, visto que
já nasceu falando e suas primeiras palavras foram: “ Eu, gênio, cheguei e quero
uma costela gorda, pois estou com fome”. Grande comoção e todos já começaram a
chama-lo de “Eugênio” e esse foi seu nome de batismo: “Carlos EUGÊNIO
Lopes. Ainda moleque banhando-se nas águas claras e areias brancas de Manoel
Viana, a falar com Jesus Cristo, seu antecessor e companheiro dos jogos de
bolitas, perguntou: Senhor nos dias de bom tempo e brisa fresca vejo quatro
pegadas e sei que estás ao meu lado. Em dias escaldantes por isso difíceis,
somente vejo duas pegadas na areia. Por acaso me abandonaste ou me carregas no
colo como na antiga parábola, muito conhecida? E do alto dos céus veio a
singela resposta: “Eugênio meu caro, é que em dias muito quentes a areia
torna-se escaldante e então sigo meu caminho dentro d’água que não sou louco de
queimar meus santos pés. Devias fazer o mesmo.” Essa é apenas um de suas
passagens com o Divino que a Bíblia não publicou por influência do baixo clero.
Mas o que importa é que foi para Santa Maria e lá se matriculou em escola de
gênios, Maria Rocha, esperando atingir logo seu ápice. Conseguiu a pau e corda
chegar ao último ano do segundo grau e foi estudar lá no IMA. O ano transcorria
normalmente e seus tios sempre perguntavam como era seu comportamento na
escola. Dizia ser aluno exemplar. Como recompensa, mesmo receosos, permitiram
que em um sábado qualquer Carlos Eugênio fosse ao centro, lá na primeira
quadra, pois estava enamorado de uma rapariga recém chegada de Vale Vêneto.
Marcaram encontro na Livraria do Globo. Muito esperou e a rapariga não apareceu
porém, surgido do nada, Ricardo Reis, esbaforindo-se, apressadamente comenta
alucinado: “Tudo está uma loucura lá em baixo. O mundo vai acabar no IMA. Vão
pelar todo mundo. Vim no centro comprar cuecas novas e estou descendo, pois
caso me pelem já estarei de roupa de baixo adequada. Ele enlouquecido, pois não
resistia a qualquer bochincho, correu para lá abandonando a linda rapariga que
já estava adentrando na Livraria do Globo com roupas de cetim e cabelos atados
tipo Maria Chiquinha, uma formosura, e por ele foi ignorada. Mulheres arranjo
sempre, mas um rebuliço não é todo o dia que acontece, pensou ele enquanto
voava pela Rua Dr. Bozzano, em direção ao seu querido colégio. Chegou tarde
pois o bochincho já havia sido desfeito, a brincadeira já havia acabado e os
culpados prontos para serem severamente punidos. Coitado, totalmente boca
aberta, quase tongo, inocentemente comentou com a assistente: ”Vim correndo,
quase perdi as calças na disparada.” A assistente, velhaca, considerou uma
confissão da sua participação e que ele também havia tirado a roupa e por isso
deveria ser punido. Coitado, não participou da brincadeira, não viu a bagunça,
não se divertiu, quase teve um ataque do coração, pela corrida em disparada até
o local, e ainda tomou uma suspensão por indisciplina sem ter efetivamente
participado dos atos. Realmente um grande otário. Um verdadeiro lorpa. E a
partir desta data seu querido tio muito lutou para a troca de seu nome.
Gostaria que fosse Carlos EUTÁRIO Lopes, pois de gênio há muito a
família desconfiava que ele nada tinha. Alias por não ter comprovado sua
genialidade, nunca mais pode retornar a seu torrão natal, pois a decepção
prejudicou até o desenvolvimento industrial do seu município obrigando ao
fechamento de várias fábricas de bodoques, sem forquilha, indústrias de sacolé,
sem sacos e montadoras de ferraduras de liga leve, tudo revolucionário para a
época, tudo ideia dele e por isso o aguardavam para alavancar os grandes
negócios da cidade. Pobre São Francisco de Assis. Na manjedoura, antiga atração
turística da cidade, até a vaquinha do presépio dele já foi pro brejo.
Para nós, seus colegas, eterno
amigo, muito querido e amado por todos, pela simpatia, companheirismo e sua
gostosa risada, porém para São Chico um retumbante fracasso.
MAS QUE BARBARIDADE!!!!!!!!
Jacob Chamis
NOSSA REUNIÃO PARA MARCAR OUTRA REUNIÃO
Sim estávamos lá. E fomos felizes por isso. E
alegres somos por descobrir que esse reencontro, nesta mesa de bar, também
trouxe junto nossa fonte da juventude. E muita risada todos puderam dar. E era
conversa que nunca acabava. Fomos obrigados a criar inscrição para falar. Havia
lista de espera para dizer algo. Era tanto a dizer que o garçom deixou de
trabalhar para tentar organizar a conversa. A cozinheira abandonou seu local de
trabalho encantada com um grupo de adultos crianças tão animados. E tudo isto o
Asdrubal perdeu porque saiu correndo para casa, como ele mesmo declarou. Mas
que barbaridade esse abostado, boca grande, quase maricas.
E muito falamos sobre como organizar para juntar
todos outra vez. E esse era o motivo. E essa era a nossa surpresa que um
Paparazzi tudo estragou. E depois se diz amiguinho, chora arrependimento e pede
mil desculpas por ser fofoqueiro. E tudo ele estragou. Mas então mesmo com
nosso projeto atropelado, contaremos:
Tudo começou com a criação dos 6 Mosqueteiros,
agora reduzidos a 5 pois o Asdrubal está fora.
E da idéia dos 40 anos, comemorados agora, surgiu
já nesta reunião a decisão de comemorar 41, 42 e 43, 44 e assim por
diante, bem como os 41 e meio, 42 e meio e assim por diante. Como organizar
tais eventos é tarefa exaustiva, foi preciso arranjar a grelha oficial, chamada
a partir de agora de "Grelha Mágica", pois mesmo sem nada
assar, a fome sacia só de olhar. Do Aldo a ideia de criar o comitê dos
longos anos, para sempre. Do Eugênio Fox somente ideias geniais, como diz o seu
próprio nome, inclusive foi dele a ideia de reunir sempre para qualquer assunto
inclusive quando não existisse nenhum assunto. O código seria: A GRELHA
AQUECEU. Do Werberich a atenção aos detalhes, ou seja, do tipo de copos a serem
usados e qual a cor dos guardanapos nas reuniões para decidir o que decidir. O
Marcelo sugeriu quando a carne estivesse pronta, haveria pausa e todos deveriam
saborear a suculenta costela gorda. O Jacob, sempre inteligente desde criança,
sugeriu que caso houvesse alguma sugestão, esta deveria ser acatada. E o
Asdrubal não falou nada porque todos mandaram ele calar a boca.(por isso a
revolta e a entregada nos amigos mosqueteiros).
Os registros mostram nossa disposição de tudo
organizar. As fotos mostram nossa concentração e seriedade em tratr assuntos
tão relevantes. Inclusive antes de iniciar esta reunião um culto ecumênico que
foram registradas e futuramente enviaremos cenas da cerimônia.
Então, somente nos resta avisar que na próxima 5ª
feira, na zona sul de Porto Alegre, serão abertas as portas da MANSÃO FOX para
outra reunião para decidir a pauta da próxima que virá depois desta. E de
reunião em reunião, comeremos umas oitenta vacas gordas., assadas ou cruas,
dependendo de como se apresentarem nas reuniões.
TODOS ESTÃO CONVIDADOS, menos o Asdrubal que por
ter boca grande irá acabar com a carne e a cerveja.
AGUARDEM SEGUNDA FEIRA
O COMENTADÍSSIMO "EU GÊNIO???????"
ESTRELANDO........., BEM ESPEREM......., E ELE IRÁ TREMER.
AMOR QUE FICA
Nota: pelo desejo de manter acesa a chama que reagrupou e pelo poder de aglutinação das palavras, seguem frases e parágrafos com a única intenção de explodir emoções e acalentar corações. Que assim seja. É minha homenagem aos que tão apaixonadamente se reencontraram.
AMOR QUE FICA
A noite como testemunha. Todos como testemunhas.Todos somos testemunhas. Nossas façanhas nos eternizam. O amor sempre prevalece. A Estancia a tudo assiste. A festa organiza nossos destinos. São todos da mesma família, a nossa família, a nossa escola, os nossos irmãos. Somos muitos e este ano um grupo dessa família, do qual eu me incluo, fez quarenta anos que, atingindo sua maioridade, de casa saiu a procurar seu novo lugar neste velho mundo. Assim se sente quem conclui seu ciclo escolar e sai em busca de outras coisas. Sem nunca esquecer, mesmo pensando ter esquecido, todos quando são chamados rapidamente vasculham suas lembranças, palpitam seus corações, aguçam suas memórias e passam a compreender o espírito que domina a quem dessa família faz parte. E eu sei que é assim, pois também compreendi isto. E sei também porque, jamais, por toda a vida, desse lugar onde me criei, nunca conseguirei me desligar. E mesmo vivendo tantas lembranças e inúmeras passagens a preencher nossos pensamentos, para quem partiu a fazer sua vida longe dali, para outros mundos, a grande oportunidade se materializa quando volta para esse fantástico encontro anual. O ambiente contagia, a alegria contagia, a música, as pessoas, a dança, enfim, tudo contagia. E alguém olha para o fundo daquele salão onde se realiza mais um encontro e vislumbra uma turma muito mais que animada, uma turma unida, harmoniosa, agitada e barulhenta onde abraços e beijos são trocados e em calorosa confraternização espalham felicidade, recolhem fraternidade, explodem em gargalhadas e dividem suas saudades. Desnecessário seria informar que essa comemoração ocorre pela enorme distância acumulada ao longo desses longos 40 anos. Para quem observa, afastado dali, imagina serem companheiros do dia-a-dia, tem certeza que andam juntos sempre, que construíram seus mundos compartilhando cada passo de seus caminhos e que convivem diariamente a confabular e trocar todos os segredos. Quem assiste e compartilha desse cenário a partir da profunda energia que transparecem e trazem aquele local, jamais, em hipótese alguma, concebe a possibilidade de estarem a tantos anos sem se enxergarem, conversarem, conviverem, enfim a tanto tempo sem nenhum tipo de contato. É algo inimaginável, coisa que carece de lógica explicação, muito distante de qualquer compreensão. Pela maneira que se olham, se tocam e se misturam, certamente conclui que chegaram juntos, irão embora juntos e continuarão juntos, no outro dia, no outro mês, no outro ano, quem sabe até em uma outra vida. Certamente estarem distantes seria impossível, pois a conversa é animadíssima, o envolvimento tão completo, o entrosamento todo perfeito e a cumplicidade aflora por todos os cantos. Não imaginam que toda essa alegria, todo esse carinho, toda essa felicidade estavam guardadas desde há muito tempo atrás, lá no fundo do coração de cada um e que com um simples toque, olhar ou fala, eclodiu a transbordar tornando todos uma única peça, parecendo um quebra cabeças que acabou de ser remontado. O muito interessante é a comprovação de que as relações iniciadas lá no inicio da vida em comunidade, ainda crianças, em hipótese alguma se desfez ou irá um dia findar. Fica tudo guardado e pronta para explodir a qualquer momento, basta provocar. Tivemos um inesquecível reencontro, iremos repetir no próximo ano, certamente, e até lá vamos manter vivos os laços que até aqui nos uniram. Valeu a pena constatar o quanto é gigantesca a união construída na fase da vida em que o que parece brincadeira é, verdadeiramente, a mais sólida das relações construídas e que por todos os tempos irão perdurar. É a coisa mais importante que será feita, pelo resto da vida, por cada um que essas ligações construiu. E tudo isto serve de lição e aprendizado para que, a partir daí, ensinemos nossas crianças da importância que seus primeiros laços de amizades terão como alicerces das suas redes de amigos, para o resto de suas vidas. Isso que tanto tempo levamos para perceber, todos os dias, a vida toda fica a nos mostrar, bastando ficar atento as pequenas coisas cotidianas que sempre estamos assistindo, nem sempre percebendo e quase nunca participando. Enquanto houver amor haverá esperanças. E laços de amor, entre irmãos de coração, unicamente nascem quando esse corações estão totalmente abertos, completamente receptivos e literalmente pulsantes, em sua verdadeira plenitude. Que a partir de hoje nunca mais ninguém esqueça o valor das brincadeiras que inocentemente constroem o que para o resto dos tempos servirá como alento e abrigo nas noites de sofrimento e escuridão, que assolam a quem a ninguém, nada tem a dar.
De tudo isso levo apenas uma grande certeza, uma lógica constatação, uma óbvia conclusão: O que foi rejuntado jamais será novamente desmontado. O que foi solidamente construído jamais será destruído. Que assim seja e que a vida assim nos mantenha.
Um grande beijo a todos. Emocionadamente me despeço.
MAS QUE BARBARIDADE!!!!!!!!!!
Assinar:
Postagens (Atom)